A Polícia Civil está investigando o patrimônio do Padre Egídio de Carvalho Neto, afastado hoje das funções eclesiásticas pelo Arcebispo da Paraíba, Dom Delson. Informações do ex-coordenador de Tecnologia da Informação do Hospital Padre Zé, Samuel Segundo, dão conta que somente em João Pessoa há 13 imóveis em nome do religioso e pessoas próximas que agiriam como “laranjas”. Ainda está sendo apurada a existência de mais três apartamentos em Recife (Boa Viagem), Olinda e São Paulo, todos do padre.
Samuel negocia uma delação premiada com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado e responsabiliza o padre não apenas pela determinação de vender os telefones celulares doados pela Receita Federal para arrecadar fundos para a instituição, como também por desvios sistemáticos de recursos do hospital.
De acordo com o rapaz, o piso da igreja em que Egídio era pároco teria sido desviado de uma doação feita ao Padre Zé. Ele também sustenta que o religioso não agiu sozinho e tinha a cumplicidade de alguns funcionários que até agora não foram citados e nem investigados pela polícia ou pelo Ministério Público.
Defesa – O advogado Sheyner Asfóra, responsável pela defesa do Padre Egídio Carvalho, teve acesso a um procedimento que tramita perante o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaego) do Ministério Público da Paraíba nesta quarta-feira (27).
O advogado está analisando todos os elementos da investigação e irá se pronunciar tão logo tenha pleno conhecimento quanto ao objeto do que se apura.
O advogado Sheyner Asfóra reitera que está à disposição da imprensa para prestar as devidas informações de interesse da sociedade paraibana.
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