A passagem do furacão Ian pela Flórida (EUA) gerou muitos prejuízos. Ao tocar o solo, na tarde de ontem, ele perdeu força e se transformou em tempestade tropical, mas mesmo assim, as empresas de energia locais disseram que mais de 2,5 milhões de residências e empresas na Flórida continuam sem energia. O ParlamentoPB entrou em contato com uma paraibana que mora em Orlando e ela contou como sua família tem enfrentado esse momento.
Girleide Lucena é empresária e mora nos Estados Unidos faz cinco anos e meio. “Pela primeira vez passei por essa experiência do furacão. Preparamos tudo em casa, colocamos madeiras em todos os vidros, estocamos água, comida, gasolina. Nos preparamos para uma possível falta de energia e muitos ainda estão sem energia. Mas, graças a Deus aqui em Orlando não fomos muito atingidos. As áreas que têm mar foram muito atingidas. Ainda não é seguro sair de casa. Estamos na expectativa de novas notícias”, contou ela.
Imagens da rua onde Girleide mora
Apesar da tranquilidade da área onde Girleide mora, Ian gerou muita preocupação no estado da Flórida. Ele tocou o solo da Flórida, na Ilha Cayo Costa, às 15h05 de ontem (16h05 em Brasília), com ventos de 240km/h. Um dos mais poderosos furacões registrados nos Estados Unidos — de categoria 4 na escala Saffir-Simpson (que vai até 5) — elevou o nível da água em até 5m, provocou inundações que cobriram casas e carros, arrastou barcos e deixou moradores presos. Mais de 1 milhão de residências ficaram sem energia elétrica. “Estamos sob a água. Nossa casa foi inundada. Felizmente, a eletricidade acabou antes. Os cachorros estão sobre a pia e eu sobre o balcão”, relatou uma moradora de Fort Myers, na costa oeste da Flórida, em um grupo de pedido de ajuda no Facebook. “Esta é, de longe, a pior tempestade que já vi”, admitiu Kevin Anderson, prefeito da cidade.