Cláudia Carvalho

Cláudia Carvalho é editora e diretora do ParlamentoPB, jornalista e radialista, mestre em Jornalismo Profissional pela UFPB
Cláudia Carvalho

Para chegar ao céu do Senado, candidatos paraibanos passam pelo purgatório

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Aqui no Brasil a gente convencionou dizer que a vida não tá fácil pra ninguém. Mas, para os candidatos ao Senado pela Paraíba, menos ainda.

Nessa reta final da campanha vários deles estão sofrendo horrores para cruzar a linha de chegada eleitoral que é o dia 2 de outubro.

Começando por Bruno Roberto, o dia de ontem foi uma lástima. O candidato do PL perdeu o apoio de um candidato a deputado estadual, Gilson Araruna, mas o pior mesmo foi o desembarque do próprio suplente, segundo suplente, Isaac Venerando, filho do presidente da Assembleia de Deus na Paraíba, José Carlos de Lima. Isaac e Gilson aderiram à candidatura de Efraim Filho, do União Brasil. Bruno também tinha perdido logo no início da campanha o voto do ex-sogro, Manoel Ludgério que também ficou com Efraim.

Terreno pedregoso também está vivendo a candidata do PSB, Pollyana Dutra, alvo do fogo amigo da esquerda. Pelo estado todo tem material apócrifo circulando e relacionando Polyana ao bolsonarismo. E a prova disso seria o fato de Aguinaldo Ribeiro e da senadora Daniella Ribeiro estarem no arco de aliança da candidata. Polyana foi a última a entrar na disputa e segundo as pesquisas mais recentes, está em empate técnico com Efraim Filho na segunda colocação, com vantagem para ele. As especulações são de que aliados de Ricardo Coutinho estariam preocupados com o chamado voto útil. Já que Ricardo continua sem registro de candidatura aprovado, os votos da esquerda poderiam migrar para a ex-prefeita de Pombal, que já foi considerada apta para a disputa.

Outro que tem levado bordoada é Sérgio Queiroz. No caso dele, as suspeitas recaem sobre o grupo de Bruno Roberto, com quem rivaliza pelo voto do bolsonarismo raiz. As redes sociais do candidato do PRTB foram atacadas várias vezes e semanas atrás um boato sobre a desistência dele chegou a circular mas logo foi desmentido.

Mais crítico ainda é o quadro de Manoel Messias, do PCO. O registro dele foi negado no TRE por falta de prova de filiação partidária. O zelador recorreu, mas não conseguiu convencer o tribunal de que estaria filiado ao Partido da Causa Operária. Agora, depende do TSE para ter o nome validado, o que dificilmente acontecerá.

E finalmente temos o clássico eleitoral Ricardo Coutinho que permanece inelegível até o dia 5 de outubro. Ontem, ele apresentou novo recurso ao STF para derrubar a punição que lhe foi imposta pelo TSE em 2020. Sem sinal de julgamento do processo nas cortes superiores, Ricardo vai para a eleição confiando num cenário que não é impossível, mas é improvável. E ainda assim, o petista lidera em todas as pesquisas.

Entre trancos e barrancos, os candidatos correm rumo ao dia 2 de outubro esperando conquistar a única cadeira no Senado Federal para a Paraíba. Mas, o esforço vale a pena. As boas línguas dizem que o Senado é quase o céu na terra. Para chegar a ele, ninguém se nega a enfrentar o purgatório .

 

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