Um condomínio no bairro do Bessa, o Ilha de Corais, onde o Padre Egídio Carvalho Neto tem uma cobertura, foi um dos alvos de uma operação deflagrada hoje pela força-tarefa composta para investigar denúncias de corrupção no Hospital Padre Zé e na Ação Social Arquidiocesana (ASA). Os mandados de busca e apreensão são contra três pessoas investigadas por desvios de recursos na instituição filantrópica. A “Operação Indignus” tem a finalidade de dar cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo de Direito da 4ª Vara Criminal da Capital – Poder Judiciário da Paraíba. A equipe é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado da Paraíba e inclui ainda Polícia Civil da Paraíba da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, pela Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e pela Controladoria-Geral do Estado da Paraíba.
A persecução penal objetiva apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA, no município de João Pessoa-PB, em que as informações descrevem possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às entidades.
A investigação aponta para uma completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos.
As condutas indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados
Estão sendo cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços de três investigados, sendo oito na cidade de João Pessoa-PB, um na cidade de Conde-PB e dois na cidade de São Paulo-SP. O trabalho conta com a participação de 36 integrantes do GAECO-PB (incluindo membros e servidores), com 28 integrantes da Polícia Civil da Paraíba (delegados e policiais civis), com 8 componentes do GAECO-SP, além do apoio da SEFAZ e CGE, formando uma efetivo de aproximadamente 72 agentes públicos.
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