Marco Lima

Marco Lima tem graduação em Educação Artística, com habilitação em Música, Especialista em Educação Infantil e Mestre em Serviço Social (UFPB), tendo como área de Pesquisa a Educação Inclusiva de Pessoas com Deficiência Visual. Atua como Professor de Música no Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha. Vice-presidente da Federação Espírita Paraibana, foi co-fundador do Grupo Acorde.

O Despertar (Sob olhar da Psicologia, do Evangelho e do Espiritismo)

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Partimos nossa análise da afirmação do Apóstolo Paulo, na carta aos Efésios, 5:14; “Por isso diz: Desperta, tu que dormes…”

O Despertar do Espírito, no estágio da Consciência de Sono, é um processo de longo percurso existencial. É um dos estágios da evolução antropossociopsicológica do ser, caracterizado pela egolatria, atrelado aos interesses imediatistas e ao atendimento das necessidades primárias, em detrimento da outra realidade, a transpessoal a do “Self”, que representa o Eu superior, do Cristo Interno e do Numinoso em nós. É, portanto, a fase do Não vislumbramento da espiritualidade intrínseca.

Não é possível precisar o tempo que perdura cada um dos estágios do despertar da consciência, desde a de sono sem sonhos até o da consciência lúcida, na longa estrada da evolução. Na perspectiva da Lei Divina, coexistem elementos exógenos; porque há um determinismo divino que impulsiona toda a criação, para o progresso contínuo. O Criador dos Mundos, a Causa primária de todas as coisas, cuida amorosa e sabiamente dos universos e das suas criaturas, através da Lei Divina ou Natural, reflexos contundentes da sua essência; também elementos intrínsecos, pois o ser espiritual está programado, para ser feliz sendo Ele o próprio “artífice”. Ensina a Veneranda Joanna de Ângelis que: “O ser humano está mergulhado no rio da vida e impelido a nadar em direção do porto de segurança”.

Naturalmente, o existir é desafio psicológico de que ninguém pode evadir-se, e a construção de nossa identidade espiritual harmônica depende do esforço de autoiluminação. Jesus orienta em Mateus 5:48, a sentença da evolução, proporcional a nossa condição de criatura: “Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus”.

A lei da vida segue seu curso, como os leitos dos rios correm para o mar, mais cedo ou mais tarde, os “sonolentos”, irão se levantar e “acordar dentre os mortos”, através do verbo do Cristo que, à semelhança de uma trombeta, ressoará nas consciências, fazendo surgir o desejo da redenção, pois as trevas da ignorância e os tentáculos obscuros do ego, não prevalecerão para sempre no íntimo de cada um de nós.

Usando outra recomendação Paulina, em Romanos, 13:11, “É isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertamos do sono: porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a Fé”. A Salvação entendida como o Despertar da Consciência Lúcida, da autoiluminação, ancorada em princípios do amor, da fé, perseverança e na fidelidade a Deus.

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