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“O ciúme é a véspera do fracasso”

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Seria o ciúme alma gêmea do amor ou tão somente inferno astral dos amantes? Há uma linha tênue, dificultando a sua classificação e eventuais rótulos, mas uma coisa é certa: atire a primeira pedra quem nunca se viu tomado por tal sentimento, demasiadamente retratado no universo das artes e vivenciado na própria pele, por homens e mulheres, em diferentes fases da vida.

Cinema, teatro, literatura, música e a teledramaturgia mostram essa emoção sob vários aspectos. Do patológico e obsessivo ao normal, quando revela-se tão somente como mais uma nuance de cuidado e bem-querer, sem vislumbrar quaisquer formas de controle, manipulação, posse ou violência.

Nem todo mundo que sente ciúme é possessivo, apesar de todo possessivo ser ciumento e, na maioria das vezes, manifestar atitudes desproporcionais e invasivas. A exemplo de vasculhar pertences do outro (a), proibir amizades, ditar regras comportamentais e tentar controlar seu objeto de desejo de todas as maneiras.

​Gestos como esses devem acender sinais de alerta. Afinal, o ciúme doentio, na ficção ou realidade, pode custar a própria vida, ou pedaços dela jamais recuperados… São estragos psicológicos difíceis de serem mensurados, em meio às pressões causadas por desconfianças e abusividades.

​Predomina profundo desrespeito à individualidade, gerado por uma espécie de ansiedade de abandono e rejeição. Ante total incapacidade de administrar as próprias emoções, o ser humano simplesmente ultrapassa o limite do aceitável, trilhando caminhos responsáveis por muito mais descontentamento que felicidade.

​A despeito de acompanhar o indivíduo em inúmeras situações, desde a infância, o ciúme é uma armadilha difícil de ser administrada. Quando saudável, não machuca, controla, tampouco atrapalha a vida do outro ou de si próprio. Do contrário, se traduz em algo totalmente negativo, que nada tem a ver com zelo e motivação para investir na relação.

​O ciúme guarda semelhanças com a inveja, à medida em que relaciona-se a um objeto de desejo. A diferença é que a pessoa sente inveja daquilo que não possui, mas gostaria de ter. Enquanto o ciúme costuma ser de algo ou alguém que julga possuir, mas pode ser “roubado”.

​ De um jeito ou outro, a notícia boa é que o autoconhecimento e um tratamento psicológico adequado podem reverter o quadro de ciúme disfuncional. Assim, inicia-se um novo ciclo no relacionamento, onde não mais se estará à espreita, a fim de investigar cada suspiro do outro. E o ciúme exagerado será lembrado pelo casal apenas em forma de canção, como a de Roberto Carlos: “Entenda que o meu coração tem amor demais meu bem e essa é a razão do meu ciúme. Ciúme de você, ciúme de você, ciúme de você”. Ou como profunda advertência poética, professada na música de Alceu Valença: “O ciúme é a véspera do fracasso. E o fracasso provoca o desamor…”

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