Em entrevista concedida na manhã desta terça-feira, 20, à Rádio BandNews FM Manaíra, o candidato do PL ao Governo da Paraíba, Nilvan Ferreira comentou o processo que foi aberto contra ele em decorrência da Operação Vitrine, deflagrada em 2017 em cinco lojas de roupas de João Pessoa suspeitas de vender produtos falsificados de “marcas reconhecidas nacionalmente”. A ação foi uma parceria entre a Polícia Civil, através da Delegacia de Defraudações e Falsificações, e a Receita Estadual. À época, Nilvan tinha duas lojas (Bessa Shopping e Tambiá Shopping) que foram alvo da investigação e acabaram fechando as portas.
“Eles me acusavam de invasão de propriedade industrial, que em outras palavras é falsificação de marcas, mas o juiz achou que não havia a comprovação necessária e extinguiu a punibilidade. Isso já está superado. O Ministério Público recorreu e me acusou de crime contra o Código do Consumidor, o que não tem nada a ver com o caso. O que eu vou fazer agora? Quem me acusou de falsificação, inclusive nas redes sociais, eu vou processar e pedir indenização. Eu fui vítima de uma grande armação e a Paraíba toda sabe”, disse o candidato do PL.
Em seguida, mesmo destacando que o processo está em sigilo, Nilvan revelou um fato do qual ele tomou conhecimento através de um promotor de Justiça quando foi chamado a prestar depoimento no Gaeco em 2020. “Eu perguntei porque eu estava ali. O promotor que foi me inquirir me disse que eu estava ali por causa da Operação Vitrine, mas que estava sendo investigado que a minha operação fazia parte da Calvário. Eu perguntei porque e ele disse que uma parte original do processo foi encontrada na casa de Gilberto Carneiro quando foram prender ele. O promotor quis saber se eu tinha conhecimento daquilo. Eu disse que não sabia. O que o meu processo estava fazendo na estante da casa de Gilberto Carneiro? Qual era o interesse desse povo no meu processo lá? Era para dar andamento? Era para orientar o povo sobre o que fazer comigo? No meu depoimento fiquei sabendo que outros jornalistas estavam lá, mas eu não posso revelar quem, mas também foram ouvidos porque também estavam sendo alvo de perseguição por parte do Governo e a figura que estava à frente de tudo que era o irmão de Ricardo Coutinho, Coriolano, que chefiava um esquema para intimidar, amedrontar quem se posicionasse contra o Governo. Tem gente conhecida, mas eu não posso dizer quem. Mas eu posso dizer a minha parte porque isso é importante para comprovar que meu processo estava na estante da casa do procurador geral do Estado. Isso mostra que eu fui alvo de um grande esquema que tentou me destruir nesse Estado”.
Para o radialista, a Operação Vitrine foi orquestrada pelo governo de Ricardo Coutinho, a quem já criticava como apresentador de TV e rádio à época.