"O desejo manifestado pela presidente da República, Dilma Rousseff, de garantir uma Cadeira permanente para o Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas é muito justa e merece todo o nosso apoio, especialmente diante do compromisso assumido pelo nosso País no sentido de trabalhar por um ambiente de paz na América do Sul, fato que reforça ainda mais a sua necessidade e o seu direito de representação no organismo mais importante da ONU”, comentou a deputada Nilda Gondim (PMDB-PB) em pronunciamento realizado nesta segunda-feira (21) no Plenário da Câmara Federal.
Instituição internacional formada por 192 Estados-membros e fundada após a Segunda Guerra Mundial com a finalidade de manter a paz e a segurança no mundo, fomentar relações amistosas entre as nações, promover o progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos, a Organização das Nações Unidades conta, em sua estrutura, com seis órgãos principais: a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho Tutelar, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado.
Cabe ao Conselho de Segurança, por força do disposto na Carta das Nações Unidas (espécie de Constituição da ONU), zelar pela manutenção da paz e da segurança internacionais. Composto de 15 membros, sendo cinco deles permanentes (China, França, Estados Unidos, Reino Unido e Rússia) e dez não-permanentes (com mandatos de dois anos), o órgão reúne-se de forma quase contínua e se ocupa das crises à medida que elas surgem.
Durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a presidente Dilma afirmou que o Brasil está empenhado na consolidação de um entorno de paz e segurança, e que é nesse ambiente que devem frutificar as relações entre os dois países (Brasil e Estados Unidos). “Temos orgulho de viver em paz com nossos vizinhos há mais de um século”, ressaltou.
A visita do presidente Obama – enfatizou a deputada Nilda Gondim –, realizou-se em um cenário completamente diferente em relação às visitas realizadas em outras oportunidades por outros presidentes norte-americanos, tendo em vista que o Brasil firmou-se no cenário mundial como potência econômica. E essa realidade foi fundamental para garantir que os acordos firmados possam render benefícios que atendam igualmente as duas nações, e não apenas os Estados Unidos, como ocorria no passado”, enfatizou.
Nilda Gondim citou a determinação dos Chefes de Estado de realizarem um diálogo sobre educação e pesquisa, dentro do mecanismo ministerial apropriado, para revisar os programas de cooperação bilateral existentes e propor um plano de ação com objetivo de melhorá-los e expandi-los; destacou o projeto de intensificação do intercâmbio entre pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos (de acordo com o Ministério da Educação, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes e a Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos irão trabalhar para “incrementar” o intercâmbio de cientistas, pós-graduandos e professores, especialmente na área de biodiversidade), e ressaltou:
“O presidente Obama ainda tomou nota, com satisfação, do interesse brasileiro na implementação de um programa amplo para ensino de inglês à distância, projeto este que abrange desde a formação de professores até projetos que visem à formação de profissionais e outros prestadores de serviços para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016”.