O PMDB da Paraíba se reuniu hoje das 11h15 às 14h10 para tentar resolver alguns assuntos incômodos como a adesão de três de seus deputados – Márcio Roberto, Doda de Tião e Wilson Braga – ao bloco do governador Ricardo Coutinho (PSB) na Assembleia Legislativa. Durante a semana, muito se falou na necessidade de "fechar a porteira" e de aplicar punições aos dissidentes, mas de forma prática, o encontro não teve qualquer saldo concreto. As principais lideranças do partido deixaram a sala da presidência, no primeiro andar da sede do PMDB, na avenida Beira Rio, dizendo que não haverá punição a quem se aproximou do Governo. Entre os "rebeldes", apenas Márcio Roberto se preocupou em ir à reunião e saiu dela sem rugas de preocupação. Ao contrário, o deputado disse que não haveria motivo para ser ameaçado pelo diretório do PMDB.
– Não há motivo. Eu continuo no PMDB. Eu fui para Ricardo e disse que não saia do meu PMDB. O que eu vou dar é apoio na sustentação da bancada do Governo. Eu disse isso a ele e disse publicamente, como estou dizendo agora. Estou falando a realidade. Permaneço no PMDB. Eu quero unificar os projetos da Paraíba. Isso não é aderir. Eu voto com a bancada do Governo. Esclareci como era e acho que não vai haver nada de punição. Eu ouvi boas conversas e disseram que eu ficasse à vontade, que eu estava garantido. Eu não tenho que ser punido. Política não se faz dessa maneira. Eu tenho admiração pelo PMDB, pelo líder André Gadelha, pelo chefe maior, José Maranhão. Sou correto e sincero. Jogo limpo: quem precisa do Governo é o povo. Nossa bancada e o partido está unido. Wilson Braga e Doda de Tião também apoiam o Governo. A gente deve unir o partido e ver o que é melhor para a Paraíba. As brigas políticas passaram.
O líder do PMDB, Gervásio Filho, evitou falar sobre o desconforto gerado com as migrações dos três colegas ao bloco governista e também desconversou sobre as especulações sobre o convite feito a ele para assumir a Casa Civil do Governo de Ricardo Coutinho.
– Isso não estava em pauta.