Tive que fazer um profundo silêncio, para ouvir algo que fizesse sentido transmitir e de fato constato que quando temos objetivos na vida, o mundo nos parece melhor.
Mas, antes, há o objetivo da natureza em direção a nós.
O único que sustenta os tantos outros, que temos, e traz condições de realização, é o objetivo espiritual!
A materialidade, os bens, a beleza, o dinheiro, nada disso preenche o vazio que há em toda criatura humana.
Quando você não olha pra dentro, vive uma dormência interior.
E consequentemente a referência será o externo, a vida dos outros, o defeito dos outros, os problemas dos outros.
Existe um movimento que trabalha por si.
Um olhar sobre nós, que nos vê assim tão frágeis e carentes.
Quando me volto para dentro, são tantos os sentimentos.
As perguntas que me tenho feito.
E são perguntas simples de coisas óbvias.
Talvez por falta de algo que levarei a vida a buscar, porque levo a vida a sentir.
Mas sigo, por um objetivo.
A perseverança trabalha de muitas formas.
Uma delas, é nos ensinando respeitar as próprias dores.
Eu não cultivo tristeza.
Mas também não vivo de festa, a me enganar com falsas alegrias de finais infelizes.
São dias meus, fragmentos que carrego de outras instâncias e circunstâncias.
Idas e vindas de um caminhante em busca de si mesmo.
Tenho muitas bençãos na vida!
Mas independente disto, há um lugar em cada um, que a natureza o fez solitário.
Para que conheça por seus pés o trilhar da alma, e assim, ao encontrar seu próprio amanhecer, não lhe falte mais nada.
Caminharei um dia, sob a luz do mesmo sol preenchida do pleno Amor.
Minha esperança tece a linha do horizonte.
Por mais que eu ainda seja feita de sertões, há um rio inteiro, corrente, dentro de mim.
Um leito desconhecido que também sou eu.
E a chuva é quem diz, por onde a água precisa fazer o seu caminho.