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Homem negro é espancado até a morte por seguranças do Carrefour em Porto Alegre

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A polícia de Porto Alegre (RS) investiga a morte de João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, após espancamento por dois seguranças de uma loja do do supermercado Carrefour localizada no bairro Passo d´Areia, na zona norte da cidade.

Os dois suspeitos, um de 24 anos e outro de 30 anos, foram presos em flagrante. Um deles é policial militar e foi levado para um presídio militar. O outro é segurança da loja e está em um prédio da Polícia Civil. A investigação trata o crime como homicídio qualificado.

Vídeos que mostram o espancamento em frente à loja e a tentativa de socorristas de salvarem o homem, conhecido como Beto, circulam nas redes sociais desde a noite desta quinta-feira (19) e provocam a mobilização de ativistas contra o racismo.

Beto morreu às vésperas do Dia da Consciência Negra, comemorado nesta sexta-feira (20) em referência à morte de Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares, localizado entre Alagoas e Pernambuco.

“Ainda nas primeiras horas dessa data, estamos falando sobre mais um episódio brutal de racismo e de novo no Carrefour. De 20 de novembro a 20 de novembro e todos os dias, a estrutura racista deste país nos trás brutalidade como regra”, reagiu Raull Santiago, ativista e fundador da Agência Brecha.

A torcida organizada Os Farrapos, do São José, promete realizar um protesto nesta sexta na porta do supermercado. Beto fazia parte da torcida.

“Amanhã estaremos no Carrefour Passo D’areia o dia todo, não vai ficar assim, queremos justiça, fizeram covardia com um irmão”, afirmou o grupo nas redes sociais.

Os dois candidatos à prefeitura de Porto Alegre falaram sobre o caso.

Manuela d’Ávila (PC do B) informou que há uma manifestação marcada para as 18h desta sexta, na loja do Carrefour.

“Estava no debate da Band e na saída soube do assassinato de um homem negro pela abordagem violenta dos seguranças do estacionamento do Carrefour. Sei que já há pedido de investigação sendo feito por parlamentares e pela bancada antirracista recém eleita. Mas as imagens dizem muito”, ela afirmou.

Sebastião Melo (MDB) chamou a morte de absurda e disse que as cenas dos vídeos são chocantes.

“Justamente no dia nacional de luta contra o racismo. Medidas rigorosas devem ser tomadas imediatamente”, disse.

Segundo informações do site GaúchaZH, o espancamento aconteceu após uma briga da vítima com uma funcionária do supermercado. Ela chamou os seguranças, que levaram Beto para fora e teriam espancado o homem até a morte.

O Carrefour, por meio de sua assessoria de imprensa, definiu a morte como brutal e anunciou que romperá o contrato com a empresa responsável pelos seguranças. Informou também que vai demitir o funcionário responsável pela loja na hora do ocorrido.

“O Carrefour informa que adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso”, diz nota divulgada pelo supermercado. “Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário”.

A assessoria não deu detalhes sobre o período em que a loja permanecerá fechada.

A polícia passou a madrugada ouvindo testemunhas do espancamento e morte.

Antes do espancamento e morte na loja de Porto Alegre, o Carrefour havia anunciado para esta sexta-feira o lançamento de um manifesto pela diversidade. O material aborda a inclusão de pessoas de diferentes raças, identidades de gênero, orientações sexuais e crenças.

Em agosto deste ano, a reação à morte de um representante de vendas em uma loja da rede de supermercados em Recife (PE) provocou críticas. O supermercado continuou a funcionar e o corpo do homem foi encoberto com guarda-sóis, tapumes e fardos de cerveja.

Na ocasião, o Carrefour disse que foi um ero não fechar a loja imediatamente.

O episódio foi o segundo a ter forte repercussão em redes sociais envolvendo a rede varejista. Em 2018, a morte da cadela Manchinha, vítima de agressão em uma loja do Carrefour em Osasco (Grande São Paulo), gerou protestos em frente à loja e uma investigação policial.

O supermercado não abriu hoje

 

 

Com Folha de S. Paulo

 

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