O deputado federal Gervásio Maia (PSB) deu entrada em um processo contra o assessor parlamentar João Agostinho Cezar Bezerra, que trabalha no gabinete do deputado estadual Raniery Paulino (Republicanos) por injúria, calúnia e difamação. A ação foi protocolada no início da noite de hoje no Juizado Especial Misto de Guarabira e é um desdobramento da briga ocorrida na noite do último sábado durante um comício realizado no Centro de Guarabira. Na ocasião, Gervásio acusou João de tê-lo agredido com um soco nas costas, registrou boletim de ocorrência sobre o fato e foi submetido a exame de corpo de delito.
O crime de lesão corporal é um crime de ação pública, que só pode ser ajuizado pelo Ministério público. Hoje o advogado fez a representação na delegacia, juntamente com o BO para que seja oferecida a denúncia em juízo.
Já os crimes contra a honra (calúnia e injúria) são de ação privada, então já foram ajuizados diretamente no juizado especial criminal de Guarabira. Ou seja, o assessor será investigado e julgado por três crimes: lesão corporal leve, calúnia (por ter dito que Gervásio cometeu injúria racial) e difamação (pelas ofensas ditas no palanque).
João Agostinho, por sua vez, também foi à delegacia e acusou Gervásio de injúria racial por supostamente tê-lo ameaçado de agressão com um microfone e a expressão “Vem, nego”.
O tumulto na noite do sábado começou quando Gervásio Maia iniciou seu discurso. Candidato a deputado estadual e aliado de Raniery Paulino, Renato Meireles (PSB) interrompeu e quis se pronunciar antes do dirigente, empurrando inclusive o também candidato Célio Alves (PSB) que acabara de entregar o microfone a Gervásio. A partir daí, foi um empurra-empurra e confusão generalizada. João Agostinho se movimentou por trás de Gervásio e pareceu ter agredido o parlamentar, o que ele nega.
Já Renato alega que interrompeu Gervásio porque tinha sido combinada uma ordem de falas em que a vez seria dele e não do presidente do PSB.
Nos bastidores, contudo, os comentários são de que os aliados de Raniery quiseram evitar a fala de Gervásio porque a base eleitoral é do filho de Roberto Paulino e não do “forasteiro”.