A Folha de São Paulo destacou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é apontado como potencial candidato ao Senado pela Paraíba, seu estado natal. À frente do ministério desde março, Queiroga teve o indiciamento sugerido pela CPI da Covid por epidemia culposa com resultado morte e prevaricação. A atuação de sua pasta na crise sanitária também é questionada, especialmente em relação à aquisição de vacinas.
Queiroga, que não tem filiação partidária, não tem falado publicamente sobre uma possível candidatura. Mesmo assim, o ministro tem se aproximado da base bolsonarista e adotou uma postura mais alinhada ao presidente.
Seu antecessor, o general Eduardo Pazuello não é médico, mas também pavimenta uma candidatura em 2022.
No mesmo dia em que foi alvo de pedido de indiciamento da CPI da Covid, sob acusação de uso irregular de verbas públicas, comunicação falsa de crime, prevaricação e crimes contra a humanidade, Pazuello recebeu Bolsonaro para um jantar em sua casa em Manaus.
No cardápio, um peixe da região amazônica e discussões sobre o seu futuro político. Ele avalia candidaturas ao Senado ou à Câmara por Rio de Janeiro, Amazonas ou Roraima.
Além de Queiroga e Pazuello, outros bolsonaristas têm seus nomes lembrados para candidaturas em 2022 e são chamados pelo site de “bancada da cloroquina”. Entre eles estão a médica Raissa Soares, da Bahia. Em um vídeo para o presidente Jair Bolsonaro, fez seu pedido: “A hidroxicloroquina é nossa menina, é a rainha do jogo. […] Meu presidente, manda um avião, um carregamento, coloca hidroxicloroquina na nossa cidade”, disse, no auge da primeira onda da Covid-19.
Outro nome que pode estar nas urnas no próximo ano é o da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”.