As contas de Luiza Erundina da época em que foi prefeita de São Paulo voltarão a ser julgadas pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) nesta quarta (1º). A análise será feita 31 anos depois que o órgão recomendou que elas fossem rejeitadas.
O parecer do TCM mobilizou o universo político em 1992, quando foi emitido. Erundina estava no último ano de seu mandato e uma condenação poderia torná-la inelegível.
Na época, até mesmo adversários políticos da então prefeita saíram em defesa dela –especialmente lideranças do PSDB.
Eles diziam que Erundina era honesta e que sofria uma perseguição de malufistas paulistas. O caso passou a ser cercado de simbolismo.
Os advogados dela pediram a anulação do parecer do TCM por desvio de poder, argumentando que a decisão dos conselheiros tinha sido política. O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deu razão à ex-prefeita. As contas dela acabaram aprovadas pela Câmara Municipal de SP.
Depois disso, Erundina já foi eleita para seis mandatos consecutivos como deputada federal.
Folha Online