Podemos estabelecer uma relação pedagógica entre a experiência de um pescador em alto mar, enfrentando ventos fortes e ondas revoltas para sobreviver, e nossas lutas em terra, quase que diariamente, lutando pela sobrevivência, desafiando também muitas turbulências e a fúria de muitos ventos contrários. Saber pescar não é tudo que um pescador precisa aprender, enfrentar e vencer as tempestades lhe garantirá o peixe e vida.
Desde cedo o pecador aprende que o mar é cheio de surpresas. Às vezes, ele está calmo e sereno, e de repente, sobrevém uma tempestade. A vida também é assim. Quando tudo parece calmo e tranquilo, somos surpreendidos com ondas furiosas que vêm trazendo muita destruição em forma de enfermidades, desemprego, lutos, angústia e tanto outros males.
Além do barco e da rede para pescar, o pescador precisa de paciência e de experiência para encarar e sobreviver às águas revoltas de um mar agitado. Em terra também precisamos dessas duas virtudes, paciência e experiência. As provações e as lutas nos ensinam que viver é a arte de transpor obstáculos e sobreviver às tempestades. O desespero e a pressa podem ser fatais.
Finalmente, aprendemos com o pescador que há momentos em que nem mesmo a sua experiência pessoal, nem também os equipamentos do barco serão suficientes para enfrentar a fúria quando o mar estiver muito bravio e as ondas violentas demais. Nesse momento, para sobreviver, o pescador resolve clamar aos céus. Do alto virá o seu socorro.
Há ocasiões quando descobrimos que a nossa experiência, nosso dinheiro, nossos títulos e nossas forças são insuficientes para enfrentarmos sozinhos as turbulências da vida. São as ondas que ficam muito agitadas e a nossa sobrevivência corre perigo. Precisaremos, então, recorrer àquele que é maior do que todas as ondas e mais forte que os ventos furiosos. Só Ele acalma as tempestades da vida. Precisamos urgentemente de Deus, d’ Ele virá nosso socorro final!