A Vara da Infância e da Juventude de Campina Grande, na Paraíba, decidiu pela soltura do empresário Bueno Aires José, sócio da Fiji Solutions, empresa de criptomoedas envolvida em denúncia de fraude contra clientes. A decisão aconteceu depois da rejeição do pedido de prisão preventiva apresentado pelos investigadores no âmbito de uma investigação relacionada ao armazenamento de pornografia infantil. Bueno Aires vai ter que cumprir medidas cautelares.
Em julho, o empresário teve a prisão temporária prorrogada por causa de uma outra investigação ainda mais grave: de crimes relacionados com abuso sexual infantil. A prorrogação foi de 30 dias a partir de 14 de julho. Bueno Aires estava preso na Penitenciária Regional Padrão de Campina Grande, o Serrotão, para onde foi trasferido depois de sair do Rio de Janeiro, onde inicialmente foi preso pela Polícia Civil.
O advogado do empresário, Iarley Maia, explicou que o juiz do caso entendeu que não havia elementos para manter Bueno Aires preso temporariamente. O período da prisão temporária dele acabaria na próxima segunda-feira (14), mas, apesar de pedidos do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e também da Delegacia Crimes Cibernéticos (DECC) para transformar a prisão em preventiva, o magistrado decidiu soltar o investigado.
A prisão de Bueno Aires se deu originalmente porque, de acordo com a Polícia Civil, foram encontrados nos dispositivos eletrônicos (computadores e eletrônicos) do suspeito imagens de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito. Algumas dessas fotos indicariam uma possível produção, isto é, alguém que teria produzido as fotos e não simplesmente baixado já prontas da internet.
No caso da empresa de Bueno, as investigações do Ministério Público da Paraíba (MP-PB) calculam em R$ 399 milhões o calote sofrido pelos clientes da Fiji Tech Ltda e da Softbank Desenvolvimento de Software, firmas de Bueno Aires sediadas em Campina Grande, a 126 quilômetros de João Pessoa.