As paraibanas donas do próprio negócio são jovens, concluíram ensino médio, preferem trabalhar no setor de comércio ou serviços e, mesmo com a responsabilidade de gerir uma microempresa, ainda arranjam tempo para cuidar do lar. Esse é o novo perfil do `empreendedorismo cor de rosa´, segundo o Anuário de 2013 das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, levantamento do Sebrae com o Dieese.
De acordo com o estudo, em 2011, 20,9% das mulheres paraibanas eram empregadoras ou autônomas. Em 2001, esse percentual era de 18,9%. Ou seja, em 10 anos, cresceu 45,36% o número de mulheres no comando de micro ou pequenas empresas.
De acordo com a gestora do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, Maria José Menezes, abrir e gerenciar um negócio não é fácil, mas cada vez mais as mulheres estão topando o desafio de estar no comando. Pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) revela que as mulheres estão à frente de 52% das novas empresas – com menos de 3,5 anos – no Brasil. Apenas no Nordeste, os homens são maioria (51%) no comando das empresas iniciais. Na região, as mulheres assumem a liderança de 49% dos novos negócios.
“A mulher tem mais facilidade de lidar com o cliente, mais sensibilidade de tratar as dificuldades do seu funcionário, fazendo com que todos os seus colaboradores vistam de fato a camisa da empresa. Isso é um diferencial importante, que faz com que as empresas geridas por mulheres geralmente alcancem sucesso e fidelizem rapidamente a clientela”, explicou.
No Estado, 48,8% das empreendedoras têm entre 18 a 39 anos, faixa etária produtiva considerada mais jovem, segundo o Anuário. Ainda segundo o levantamento do Dieese e Sebrae, a maioria das mulheres investe nos setores de comércio (41,8%) e serviços (32,8%) e ainda dedica, em média, 20 horas semanais aos afazeres domésticos. No quesito formação, as que são empregadoras de microempresas têm ensino médio completo: 35,4% e superior completo: 31%. A maioria das mulheres que trabalham por conta própria (sem funcionários) tem escolaridade mais baixa: 33,2% com ensino fundamental e 28,9% têm médio completo.