Valério Vasconcelos

Valério Vasconcelos é doutor em cardiologia pela Universidade de São Paulo/Instituto do coração (USP/INCOR), pesquisador e escritor. Doutor em Cardiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médico pesquisador no Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP (InCor/FMUSP).
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Cultivar otimismo e bons sentimentos é bom para o coração 

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Manter o otimismo é fundamental, principalmente porque cultivar bons sentimentos faz bem ao sistema cardiovascular. Pessoas mais espiritualizadas, que cultivam sentimentos positivos, têm menor índice de pressão arterial e, como consequência, menor risco de infartos. Isso porque os bons sentimentos refletem em um menor índice de marcadores inflamatórios.

“Fazer o bem” também contribui para a redução dos batimentos cardíacos. Estudos científicos mostram que, além de deixar a mente saudável, ser “do bem” faz bem para o corpo.

 Quer dizer que uma pessoa otimista e que ajuda ao próximo tem menos probabilidade de morrer de doenças cardíacas ou de derrame cerebral? Isso mesmo! Em pessoas mais otimistas, o índice de aterosclerose (acúmulo de gordura nas paredes das artérias, que pode causar obstrução) é menor. E a prevenção dessa doença é muito importante, pois o infarto e o derrame são consequências dela.

Sobre o tema, aliás, há uma pesquisa feita por cientistas do Instituto Delfland de Saúde Mental da Holanda. O estudo envolveu 545 homens, constatando que os mais otimistas têm metade das probabilidades de morrer de doenças cardiovasculares. 

A alegria e a capacidade de se divertir também podem ajudar pacientes cardíacos a ter mais saúde. Dar boas gargalhadas ajuda no bom funcionamento do sistema cardíaco. Quando você sorri, seu fluxo sanguíneo aumenta, auxiliando no controle da pressão arterial e protegendo contra eventuais ataques cardíacos e outros problemas.

Para aproveitar bem a vida, com bons sentimentos no coração, aconselho que as pessoas ignorem as mágoas. O ato de perdoar se traduz em leveza na alma e em benefícios para o corpo. Estudos constataram, por exemplo, que as pessoas que perdoam têm melhora no quadro cardíaco, tanto nos batimentos quanto na pressão arterial. Perdoar ajuda a diminuir a pressão arterial, a reduzir o estresse e a fortalecer o sistema imunológico. 

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