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Cineasta paraibano relata morte da lendária atriz Léa Garcia no 51º Festival de Cinema de Gramado

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Por Bertrand Lira

O destino tem suas artimanhas: os presentes no Festival de Gramado estão em choque: No dia destinado à homenagem com o Troféu Oscarito às atrizes Léa Garcia e Laura Cardoso, presentes no evento desde sua abertura na última sexta feira, a comunicação do falecimento (de enfarto no hotel onde estava hospedada) de Léa Garcia surpreendeu todos nas primeiras horas de hoje. As duas atrizes teriam uma entrevista coletiva no final da manhã no hotel onde estavam hospedadas. Léa estava acompanhada do seu filho Marcelo Garcia e foi levada ao hospital Arcanjo Miguel onde foi diagnosticada sua morte.

Léa Garcia era natural do no Rio de Janeiro, e veio ao mundo em 1933, Léa Lucas Garcia de Aguiar tornou-se atriz em um momento da história em que esse não era um trabalho comum para mulheres negras. Filha de Stela Lucas Garcia e José dos Santos Garcia, passou a morar com sua avó aos 11 anos, quando sua mãe morreu. Desde jovem, demonstrou o desejo de se envolver com o universo artístico, mas em outro campo. Queria cursar Letras para ser escritora. Seu destino mudou ao conhecer Abdias Nascimento, com quem teve dois filhos,
O dramaturgo e ativista apresentou a ela a sua estante de livros e sugeriu a leitura das tragédias gregas. Tempos depois a convenceu a subir no palco pela primeira vez, na peça ‘Rapsódia Negra’ (1952), do próprio Abdias, encenada pelo Teatro Experimental do Negro. A partir de então, a paixão pelas artes cênicas se impôs. No teatro, uma das peças de destaque que fez no início de sua trajetória foi ‘Orfeu da Conceição’ (1956), de Vinicius de Moraes. Cotada primeiro para ser Eurídice, Léa Garcia se encantou com a personagem Mira e conseguiu o papel.

Estreou no cinema no célebre ‘Orfeu Negro’ do francês Marcel Camus. Em vez da Mira, a atriz viveu a Serafina no longa-metragem. “As gravações eram ótimas, os franceses se apaixonaram pelos atores, nos acordavam cantando ‘manhã de carnaval’, com sotaque. Esse personagem me valeu o segundo lugar na Palma de Ouro, em Cannes”, conta Léa em entrevista ao Memória Globo.

A estreia em televisão se deu no Grande Teatro da TV Tupi, na década de 1950. Na emissora, participou também do programa ‘Vendem-se Terrenos no Céu’, em 1963. O convite para trabalhar na Globo aconteceu em 1970, quando ela integrou o elenco de ‘Assim na Terra como no Céu’, de Dias Gomes. Seu papel de vilã na telenovela ‘Escrava Isaura’, em 1975, na Globo, confirmou para o grande público o seu talento extraordinário. O quinto dia do festival de Gramado será marcado por muita tristeza e lamentações. De fato, uma grande perda para o teatro, o cinema e televisão

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