O presidente nacional do PDT, Carlos Lupp, disse hoje (19) que a intervenção na direção do partido na Paraíba acontece por abandono da família Feliciano à sigla. Segundo Lupi, o deputado federal Damião Feliciano foi desleal com a legenda e restou apenas uma “profunda decepção”.
Lupi considerou o ato de desfiliação do deputado Damião Feliciano como desrespeito. O parlamentar paraibano trocou o PDT pelo União Brasil no fim do prazo da janela partidária.
“Não podemos querer e respeitar como companheiro uma pessoa que não nos quer como companheiro. A saída de Damião foi uma prova cabal da falta de consideração e respeito pelo partido. Vamos ter que reconstruir o partido da maneira mais dolorosa. Jamais gostaria de fazer, mas infelizmente a nossa missão é preservar a instituição”, declarou.
Renato rebate declarações
Ex-presidente do PDT na Paraíba, Renato Feliciano, filho de Damião e Lígia, se declarou surpreso com a intervenção decretada pela direção nacional e garantiu que o pai sempre foi leal com o PDT.
Segundo ele, a troca de partido foi um ato de sobrevivência.
“O deputado Damião teve que fazer um movimento de sobrevivência. Do dia que entrou no partido até o dia que saiu ele foi correto, leal, acompanhou as decisões do partido. Só teve gesto de lealdade com o partido”, disse Renato.
Retirada da pré-candidatura de Lígia ao governo
Também hoje, um dia após o anúncio da intervenção, o advogado Marcos Ribeiro, novo presidente do PDT da Paraíba, disse que a pré-candidatura de Lígia Feliciano ao Governo da Paraíba foi retirada. Da mesma forma que o partido entendeu ser contraditória a permanência da família na legenda depois da saída do deputado federal Damião Feliciano que migrou ao União Brasil na reta final da janela partidária, a postulação de Lígia também foi descartada.