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Bolsonaro causa alvoroço em Aparecida, e padre pede silêncio na basílica

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Sob vaias e aplausos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou ao Santuário Nacional de Aparecida (a 180 km de SP) na tarde desta quarta-feira (12), acompanhado do seu ex-ministro (Infraestrutura) e candidato ao Governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Diante do alvoroço que tomou conta do templo, o padre Eduardo Ribeiro, que conduzia a cerimônia, pediu silêncio para iniciar a missa.

Uma parte aplaudiu e chamou o presidente de Mito.

“Silêncio na basílica. Prepare o seu coração, viemos aqui para rezar”, afirmou o padre.

Bolsonaro esteve acompanhado também do senador eleito Marcos Pontes, do ministro da Saúde Marcelo Queiroga e da deputada Bia Kicis (PL-DF).

No local, católicos celebravam o Dia de Nossa Senhora Aparecida, fizeram e pagaram suas promessas.

A missa transcorreu de forma serena, sem a presença de Bolsonaro no altar. No ano passado, por exemplo, o presidente foi encarregado de fazer a primeira leitura, a liturgia da palavra.

Em sua homilia, o pároco Eduardo Catalfo pediu paz à nação e enalteceu Nossa Senhora Aparecida como mulher negra e a representação do povo brasileiro.

Após a missa, o presidente foi convidado para rezar um rosário na basílica antiga, organizado pelo Centro Dom Bosco, que não tem ligação com o Santuário Nacional, administrado pelo arcebispo dom Orlando Bernardes.

“Não é uma iniciativa nem do santuário nem da arquidiocese, mas as pessoas são livres”, disse dom Orlando.

Bolsonaro não compareceu à basílica antiga, mas o anúncio de sua possível ida atraiu centenas de apoiadores ao local e houve princípio de confusão. Apoiadores do presidente partiram para cima de uma equipe de jornalistas da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo.

Segundo a repórter Daniela Lopes, da TV Vanguarda, houve ofensas verbais e tentativa de agressão, mas um segurança que acompanhava interveio. Ela também disse à Folha que a confusão começou após um homem, com uma camisa com a frase “fora, Bolsonaro”, se aproximar do cinegrafista.

A visita do mandatário ao templo católico é mais uma na maratona percorrida em busca de votos dos religiosos. Desde o dia 4, Bolsonaro participou de dois cultos da igreja evangélica Assembleia de Deus e usou o Círio de Nazaré, uma das maiores celebrações religiosas mais populares do país, para fazer campanha.

Antes de desembarcar em Aparecida, o presidente esteve na manhã desta quarta na inauguração de um templo da igreja evangélica Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago, em Belo Horizonte.

A aparição do presidente deixou o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, incomodado. “Não podemos julgar, mas precisamos ter uma identidade religiosa. Ou somos evangélicos ou somos católicos. Precisamos ser fiéis à nossa identidade católica, mas seja qual for a intenção vai ser bem recebido, porque é o nosso presidente”, afirmou à imprensa.

É a terceira vez em que Bolsonaro, na condição de presidente, visita o Santuário Nacional de Aparecida. Ele esteve antes em 2021 e 2019. No ano passado, dom Orlando fez alertas sobre o armamento da população, o discurso de ódio e a propagação de fake news.

Com a pandemia de Covid em um momento mais crítico, dom Orlando também defendeu a ciência e discursou sobre a importância da vacinação contra o coronavírus.

No dia anterior à visita de Bolsonaro e Tarcísio em Aparecida, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) publicou um nota na qual lamentou a “a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno”.

O texto, porém, não menciona o nome de nenhum candidato, nem Bolsonaro e nem Tarcísio. “Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições”, diz o texto.

Bolsonaro e Tarcísio disputam o segundo turno, respectivamente, contra os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad, ambos do PT.

Em sua peregrinação para se colocar com um candidato comprometido com os cristãos e as pautas conservadoras, Bolsonaro já causou desconforto entre os integrantes da diocese. O Planalto informou à Folha que ele participou da atividade como chefe de Estado.

Na Assembleia de Deus, o presidente e a primeira-dama Michelle Bolsonaro subiram ao púlpito para falar aos fiéis, na capital paulista. Ele se diz católico, e ela, que é evangélica, não esteve em Aparecida nesta quarta.

Tarcísio também marcou presença nos cultos da Assembleia. Na ocasião, o presidente disse que é perseguido pela imprensa, institutos de pesquisas e por uma parcela do Judiciário, além de fazer ataques ao candidato Lula.

“Não adianta termos uma Ferrari em casa se o motorista gosta de tomar uma cachacinha de vez em quando. Ele vai capotar a Ferrari”, falou Bolsonaro.

 

 

 

 

 

Folha Online

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