Assessores do governador da Paraíba, João Azevedo (JA), marcaram para a quarta feira, dia 30 de março recente, uma reunião há tanto tempo solicitada pelos diretores da Associação dos Técnicos de Políticas Públicas e Gestão Governamental do Governo do Estado, cuja pauta corresponderia ao processo de reestruturação salarial do respectivo grupo ocupacional, que tem por lotação a SEPLAN-PB.
Só a confirmação desse agendamento já propiciou entusiasmo e a melhor expectativa junto a todos que compõem esse quadro funcional, que inclui ex-secretários de estado profissionalmente bem renomados e até um ex-prefeito da cidade de João Pessoa (este, também mais técnico que político). Nessa expectativa positiva – e não poderia ser diferente – houve até quem externasse pensamento assim: “Finalmente está aí como governador um político que, sendo também um técnico – no caso da engenharia – tem a consciência de que se faz necessário e justo o resgate remunerativo de servidores tecnicamente qualificados que desenvolvem trabalhos mais que importantes no contexto do planejamento e da gestão governamental!”.
Da parte de um outro Técnico de Políticas Públicas e de Gestão Governamental, contando como “certa” a resposta dos assessores do governador JA quanto à aprovação do encaminhamento, sob o timbre de “urgente”, do processo de reestruturação salarial desse quadro funcional, foi expresso: “João Azevedo é originalmente engenheiro e como tal ele sabe que seu próprio Governo já garante o piso de 8 salários mínimos para tal categoria profissional!”.
Esta positiva e entusiasta expectativa tinha todo o sentido até porque o governador JA, dois dias antes, por ocasião da inauguração das novas instalações da CODATA, dissera, perante representantes dos Técnicos de Politicas Públicas e Gestão Governamental, que era (é) “um apaixonado pela gestão pública”. Sendo-o, por óbvio estava disposto mesmo a fazer o resgate salarial do grupo funcional, da SEPLAN-PB, aqui já referenciado. Mas… Que nada!… Seus assessores, nessa reunião do dia 30, contradisseram-no! Simplesmente comunicaram – e o seria com o aval do governador – que “Não tem reestruturação salarial, não, para esse grupo de Técnicos de Políticas Públicas e Gestão Governamental!”.
Esse comunicado feito ao referido grupo funcional foi “um banho de água fria”! Mais que isto: uma grande frustração!… Uma decepção!… Misturado a tais sentimentos, também estava (ou está) o de incredibilidade, aquele caracterizado em expressão tipo “Não! O governador João Azevedo não mandou dizer isso não!”, porquanto uma decisão assim só ocorreria por parte de um governador – e não seria o caso – que não estivesse sabendo que um grupo tão qualificado funcionalmente, como o é o dos Técnicos de Politicas Públicas e Gestão Governamental, estivesse, como está, com piso salarial bem próximo de 1 salário mínimo (sm) e um teto (última classe, que é a letra E, no último nível, que é o VII), em torno de 3 sms!
Os Técnicos de Políticas Públicas e Gestão Governamental, aqui reportados, não aceitaram “placidamente” essa comunicação dos assessores do governador JA, contradizendo-o em sua própria consciência e a até na declaração que fizera recentemente quanto a ser “apaixonado por gestão pública”.