A fantástica fábrica de chocolate foi um sucesso do cinema na década de 70 e acabou sendo refilmado em 2006 com Johny Depp no papel de Willy Wonka, que coube no original a Gene Wilder.
Fiz referência a esse filme adorado por crianças de várias épocas porque a história verídica que vamos contar tem um que de surreal.
Na quinta-feira passada, a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, a Fiep, publicou um vídeo em seu perfil no Instagram divulgando a única indústria de fabricação de óleo do Estado que fica em Campina Grande.
O detalhe é que não fica. A indústria de oléo já fechou muitos anos atrás. Ela pertencia a Buega Gadelha, atual presidente da Fiep que enfrentou uma batalha jurídica para permanecer candidato nas últimas eleições porque a oposição alegou que ele nã poderia concorrer porque não é mais industrial. Mas, a Justiça deu ganhou de causa ao atual presidente e ele foi reeleito por 14 votos contra 10.
Quando viram a postagem no perfil do Instagram da Fiep, sete sindicatos decidiram mandar um memorando ao presidente interino da Fiep, José William Montenegro Leal, cobrando explicações e que a federação provasse que a tal fábrica existe. Caso não fosse possível provar, que removesse o post do perfil da Federação.
Resultado: o post que permanecia no ar no sábado, foi excluído depois que o caso veio à tona através de uma matéria do ParlamentoPB.
Quer fato mais fantástico do que divulgar num perfil institucional de uma federação de indústrias algo que não existe? Acabaram criando um constrangimento desnecessário para uma entidade que passou por uma eleição muito disputada e desgastante. Se a Fiep fosse um chocolate, certamente seria do tipo muito amargo. E ao contrário do que acontece no filme, ninguém visita a fábrica de óleo que já nem existe. É um roteiro tão absurdo que nem Hollywood ousaria imaginar.