O reitor da Universidade Federal da Paraíba, Valdiney Gouveia, revelou em entrevista à rádio Manaíra Band News FM que ainda não decidiu se vai concorrer à reeleição no ano que vem, quando seu mandato chega ao fim. Ao ser questionado sobre a possibilidade e quais seriam os planos futuros, Valdiney afirmou: “Cuidar de meu pai e viver. Eu ainda não decidi se vou para reeleição ou se não vou. O que eu quero é que a UFPB sinta que tive um só propósito: de lutar pela instituição”, declarou.
Valdiney enfrentou forte resistência de professores, servidores e alunos desde que foi nomeado para o cargo pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, que o escolheu apesar de Gouveia ter sido o terceiro colocado na lista tríplice elaborada por uma consulta à comunidade acadêmica.
“No futuro, acho que tem a chance das pessoas dizerem que ‘o cara, como tudo que fez na vida desde que entrou na UFPB, foi trabalhar pelo engrandecimento da instituição’. Então, minha maior expectativa é aposentar e sair da UFPB. Sair por que? Por estar chateado? Não. Por estar muito feliz com a UFPB, pelo rumo que ela está seguindo e por acreditar que jovens poderão nos substituir e fazer melhor”, declarou o reitor.
Apesar das críticas e até mesmo momentos tensos que viveu no trato com alunos e professores, o reitor disse que não tem mágoas. “Eu trabalho para um ente público e o interesse pessoal é zero. Isso magoa algumas pessoas que não têm os benefícios que gostariam de ter. Não me magoaram. Nada diferente do que eu esperava. Para algumas pessoas que me agrediram, eu fiz foi o que qualquer um num contexto republicano faria. Denúncia ao órgão competente para que apure. Houve um cidadão que me chamou de ladrão e corrupto. Eu fiz representação à Polícia Federal. Se eu for ladrão, não posso estar solto. Mas, se eu não sou, essa pessoa precisa responder pelos seus atos. Mas, se algumas pessoas não concordam com minha gestão, é normal”.
Entre as medidas antipáticas citadas pelo reitor está a suspensão da oferta de cofee-breaks desde o início de sua gestão.
Alvo de um pedido de impeachment, o professor disse que não se abala com a iniciativa e nem vai suspender ou prejudicar seu trabalho por isso. “Eu olho com respeito. São condutas que podem acontecer. Quais as chances de eu renunciar? Nenhuma. Eu sigo em frente porque sei onde quero chegar”, finalizou.
O mandato de Valdiney Gouveia termina no dia 10/11/2024.