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Sinéad O’Connor, morta aos 56 anos, teve vida marcada por tragédias

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A cantora irlandesa Sinéad O’Connor, que morreu nesta quarta-feira, aos 56 anos, teve uma vida marcada por acontecimentos trágicos. Desde criança, sofreu diversos abusos, que marcaram para sempre sua trajetória.

Dona dos hits “Mandinka” (1988) e “Nothing compares 2 U” (1990), Sinéad falava abertamente dos abusos físicos e sexuais inflingidos pela mãe, que tinha, em casa, uma “câmara de tortura” para castigar os filhos.

“Ela era uma pessoa que sentia prazer em machucar”, contou a artista, em entrevista ao psicólogo Phil Graw.

Traumatizada, Sinéad tentou tirar a própria vida oito vezes num ano. Em 2016, ficou 36 horas desaparecida em Chicago, nos EUA.

A uma emissora de TV americana, disse certa vez:

— Estou cansada de ser definida como uma pessoa maluca, a sobrevivente de uma infância de abuso.

Internações em centros psiquiátricos

Sinéad O’Connor foi internada, por diversas vezes, em clínicas de saúde mental. Ela reconheceu que possuía certa clareza sobre o funcionamento da própria mente. Em termos gerais, a artista sofria de síndrome de estresse pós-traumático e de distúrbio borderline.

— O abuso infantil é uma crise de identidade, e a fama foi uma crise de identidade. Por isso, fui direto de uma crise de identidade para outra — ela contou.

Em 2017, ela deixou fãs e parentes preocupados com um relato de solidão e angústia publicado no Facebook. “Estou lutando, lutando, lutando, como milhões de pessoas que conheço, para continuar viva todos os dias”, frisou, às lágrimas, em vídeo que viralizou internacionalmente.

Polêmica com religiosos

Após estourar mundialmente com o álbum “I do not want what I haven’t got”, embalado pela canção do cantor e compositor Prince, a irlandesa se tornou notícia por rasgar uma foto do papa João Paulo II no programa “Saturday night live”, um dos mais populares nos EUA. Ela foi fortemente atacada por parte dos fãs e de representates da indústria fonográfica.

A imagem do Papa, aliás, mantém uma forte relação com a infância da artista. O’Connor tinha 18 anos quando a mãe morreu e, naquele dia, ela tirou a única fotografia da parede do quarto da matriarca da família: a imagem do Papa. O’Connor guardou-a cuidadosamente, esperando o momento certo para destruí-la.

— Não me arrependo de ter feito isso. Foi brilhante. Mas também muito traumatizante. Foi a abertura da temporada de caça. As pessoas me tratavam como uma vadia louca — afirmou a artista sobre seu protesto contra os abusos na Igreja Católica.

Morte do filho

Em janeiro de 2022, o filho, Shane, que estava internado numa instituição psiquiátrica para tratar depressão, fugiu e foi encontrado morto, dois dias depois.

O jovem tinha 17 anos e era fruto do antigo relacionamento entre a artista e o cantor Donnal Luny. Naquele ano, ela deu uma pausa na carreira.

 

 

 

O Globo Online

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