Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Em conversa vazada, relator admite mínimo de R$ 570

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
O relator do Orçamento no Congresso, senador Gim Argello (PTB-DF), admitiu nesta quarta-feira que existe margem para aumentar para R$ 570 o salário mínimo, apesar de a posição do governo ser fixar o salário para o ano que vem em R$ 540.
 
A afirmação foi feita em reunião fechada do conselho político da Presidência da República, que reúne líderes da base aliada no Congresso.
 
"Tem margem para aumentar um pouquinho o salário mínimo? Tem margem para aumentar um pouquinho. Agora, é o correto fazer isso? Porque, se aumentar para R$ 560, R$ 570, no repique do ano que vem vai bater perto de R$ 700. É o certo isso? Acho que é o certo. Mas o problema todo, e temos que avaliar, é que chegou um abaixo assinado de mais de 600 prefeituras dizendo que não dá para pagar", afirmou o senador.
 
Parte do áudio da reunião, cerca de 50 minutos, vazou para jornalistas na sala de imprensa do Planalto, no térreo, sem que nenhum integrante da reunião soubesse.
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do final da reunião. Entrou na sala, deu boa tarde aos integrantes do conselho e, imediatamente, o áudio foi cortado.
 
Gim Argello afirmou que recebeu um pedido do ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, para que o reajuste não passe dos R$ 540. O receio é pelo impacto do aumento nas aposentadorias.
 
"Quem tem que sentar e resolver essa equação é o ministro da Previdência, e ele me pediu: "Gim, fica no R$ 540, segura no R$ 540, e vamos ver o que é possível fazer, não é pelo salário, mas pela Previdência"", disse.
 
A linha geral do governo, representada, durante a reunião do conselho, nas falas dos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), e pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi a de segurar o reajuste em R$ 540– um arredondamento da previsão inicial de R$ 538.
 
A ordem da cúpula é não aprovar nada que represente despesas não previstas inicialmente.
 
A Folha revelou, semana passada, que Lula e a presidente eleita Dilma Rousseff * trabalham com um teto de R$ 550 para o salário mínimo em 2011. Acima, portanto, dos R$ 540 defendidos publicamente pelo governo, e abaixo dos R$ 570 citados hoje por Gim Argello."
 
PEC 300
 
A determinação inclui a discussão sobre a PEC 300, que fixa piso salarial para os policiais em todo o país. Na reunião, essa foi a principal preocupação do ministro Paulo Bernardo, que disse ter dados atualizados que mostram um impacto anual de R$ 43,5 bilhões nas contas públicas.
 
A aprovação da medida, em seu texto original, disse o ministro aos líderes partidários, "uma confusão boa, uma confusão danada".
 
O principal defensor da aprovação da PEC 300 foi o líder do PDT, Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força. Segundo o deputado, "não dá mais para enrolar o pessoal".
 
O deputado afirmou que os policiais já estão mobilizados para uma paralisação nacional no início do governo Dilma, caso a proposta não seja aprovada pelo Congresso este ano.
 
"Vai ser uma paralisação nacional. E não vai ser pequena", disse.
 
A PEC 300, que instituiu o piso salarial aos policiais e bombeiros em R$ 3.200, é motivo de preocupação para a presidente eleita, Dilma Rousseff. Na semana passada, ela fez um apelo ao seu vice e presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), que não deixe a PEC 300 passar.
 
Para Dilma, eventual aprovação do piso salarial teria o efeito de "abrir a porteira", deflagrando onda de pressão para que sejam apreciados outros projetos multiplicadores dos gastos públicos.
 
BINGOS
 
Paulinho e o líder do PR na Câmara, Sandro Mabel (GO), defenderam, durante a reunião, a legalização dos bingos como forma de gerar receita para a saúde e, dessa forma, evitar a criação da CSS (Contribuição Social para a Saúde), nos moldes da extinta CPMF.
 
"Podemos colocar uma emenda e colocar a receita inteirinha para a saúde", disse Mabel, que previu uma receita anual de R$ 7 bilhões. "Seria um presente para a saúde. É quase uma CSS sem ter que inventar CSS."
 
EMENDAS
 
Os deputados Sandro Mabel (PR-GO) e Jovair Arantes (PTB-GO) cobraram a liberação de verbas das emendas individuais. Mabel disse que o governo precisa liberar a dos deputados que não se elegeram porque se comprometeram com prefeituras e com suas regiões durante as eleições.
 
Jovair criticou a Caixa Econômica Federal por não disponibilizar o dinheiro. "O dinheiro está na Caixa. Não pagam e complicam", disse.
 
 
 
Folha Online

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Após agressão, Ulisses Barbosa é internado e precisa de doação de sangue

Anteriores

cidaramos1

Cida Ramos presta solidariedade a Cláudia Carvalho contra ataque de deputado

danniloalpb

Jornalista Danilo Alves recebe título de cidadania paraibana

sebraepb1 (1)

NEon: Sebrae lança maior evento de empreendedorismo e inovação na Paraíba

joaobsb1 (1)

João Azevêdo solicita investimentos em segurança hídrica em reunião no Ministério da Integração

alpb0705 (1)

ALPB aprova projeto que reconhece portadores de fibromialgia como PCDs

agentedengue (1)

João Pessoa reduz número de casos notificados de arboviroses

uniesp (1)

Uniesp é ponto de coleta de doações para vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul

todomundiodeia

Imagineland anuncia mais um ator da série ‘Todo Mundo Odeia o Chris’

Explosivos apreendidos em Princesa Isabel

PM aborda caminhonete e apreende explosivos na cidade de Princesa Isabel

João Azevêdo em seminário do Valor Econômico

João Azevêdo destaca avanços e investimentos no ensino técnico da Paraíba