Após muita negociação e impasse, o chefe da Casa Civil do Estado Inaldo Leitão protocolou, às 22h30 de ontem, três projetos de Lei para Assembleia Legislativa estabelecendo reajustes nos salários para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e agentes penitenciários, batizada de "PEC 300". As mensagens foram assinadas pelo governador licenciado José Maranhão (PMDB), oficialmente desde a última terça-feira (19) e entregues em três cópias ao presidente em exercício da Casa, deputado João Henrique (DEM).
O detalhe é que, apesar da tentativa de Inaldo Leitão e de interlocutores “maranhistas”, o governador em exercício Ricardo Marcelo (PSDB) se negou a assinar as mensagens temendo algum tipo de sanção da Justiça devido ao período eleitoral. O governo não encaminhou as matérias com pedido de urgência urgentíssima e, portanto, deverão passar pelas comissões de Constituição e Justiça e Orçamento antes de ir a plenário.
Durante a tarde milhares de policiais militares e civis ocuparam a praça João Pessoa para fazer pressão e tiveram que esperar por mais de seis horas pela chegada do governador em exercício de uma viagem do Sertão, que desembarcou em João Pessoa preferiu se dirigir a sua casa para analisar as mensagens.
Segundo o secretário Chefe da Casa Civil, Inaldo Leitão, o impasse ocorreu pelo fato do governador licenciado José Maranhão (PMDB) ter deixado os projetos assinados na tarde de ontem, mas devido a necessidade de se fazer alguns ajustes nos números tiveram que ser corrigidos e encaminhados para o governador em exercício analisar as mensagens.
O próprio secretário Inaldo Leitão foi até a residência de Ricardo Marcelo para tentar colher a assinatura do deputado, mas não obteve êxito. Os documentos terminaram sendo assinados pelo próprio José Maranhão. Às 22h30, Inaldo formalizou a entrega das mensagens na Assembleia.
Jornal da Paraíba