O cientista político Adriano Cerqueira, coordenador do Diário Data Associados, considera que o cenário atual na disputa pelo Palácio da Redenção na Paraíba demonstra um quadro com forte oscilação entre os candidatos. A declaração serve como justificativa para as diferenças significativas registradas pelo instituto em duas aferições: uma realizada em agosto e outra este mês. Na primeira consulta, a diferença entre José Maranhão (PMDB) e Ricardo Coutinho (PSB) chegava a 32%. Na pesquisa cujo resultado chega às bancas neste domingo, 19, a distância cai para 14%.
A oscilação, de acordo com Cerqueira, tende a continuar. Ele apontou a eficiência do uso do guia eleitoral como provável motivo para o crescimento das intenções de voto para Ricardo Coutinho.
"A primeira pesquisa mostrava um quadro de intenção de voto muito favorável a José Maranhão, mas que, assim como o demonstrado em outras pesquisas, foi diminuindo ao longo dos últimos 30 dias. Agora, é importante notar que a pesquisa, levando em consideração a margem de erro, mostra que pode não ter havido uma queda acentuada do candidato à reeleição, mas um crescimento de Ricardo Coutinho, que passou a ser mais conhecido pelos eleitores. Prova disso é o crescimento dele na espôntanea.
Ao ser questionado sobre uma tendência nacional de vantagem dos governistas e a respeito de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter aparecido pedindo votos para José Maranhão, que caiu na aferição, Adriano Cerqueira declarou:
"Esse governismo que está vigorando no Brasil hoje, que tem como base o sucesso do governo federal, continua sendo percebido na Paraíba. Maranhão é o candidato da continuidade e o número de pessoas que não querem mudanças é grande. No caso de Ricardo Coutinho, ele também procurou se mostrar como candidato de Lula e tem uma propaganda bem avaliada pelos eleitores, em termos de eficiência.
A pesquisa Diário Data Associados foi feita com a assessoria técnica da Giga Consultoria LTDA e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 30378.
Com Jornal O Norte
