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CPI do MEC, ameaçada por operação abafa e desacreditada pela opinião pública

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A oposição no Senado Federal está tentando instalar uma nova CPI. Agora, a ideia é de criar uma comissão parlamentar de inquérito para investigar suspeitas de corrupção no Ministério da Educação. O autor do pedido de CPI é o senador Randolfe Rodrigues que foi da linha de frente também da CPI da Pandemia.

Na última sexta-feira ele anunciou que já tinha conseguido reunir 27 assinaturas, o mínimo necessário para o requerimento que pede a criação da comissão. As duas últimas assinaturas tinham sido de dois paraibanos: Nilda Gondim e o filho, Veneziano Vital do Rêgo, ambos aliados de Lula. Aliás, Veneziano é pré-candidato ao Governo da Paraíba pelo MDB com o apoio do PT. A assessoria de Daniella Ribeiro disse que ela não assinou porque estava viajando em missão oficial.

Mas, o Planalto entrou no circuito e consegui fazer com que três senadores retirassem seus autógrafos do requerimento. Mudaram suas posições Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Weverton (PDT-MA).

A tal CPI do MEC quer apurar até que ponto os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura teriam se envolvido na liberação de verbas da Educação. Os dois são acusados de cobrar propina sobre os valores aprovados pelo MEC e encaminhados aos municípios. Um dos prefeitos abordados disse que Arilton teria, inclusive, pedido uma barra de ouro como “contrapartida” para que o município dele fosse contemplado. E a presença dos dois religiosos nesse processo teria tido o aval do presidente da República, Jair Bolsonaro, que os tinha em alta consideração. Isso foi tornado público por um áudio do então ministro Milton Ribeiro que caiu em meio ao escândalo.

Veneziano Vital, senador pela Paraiba, justificou que assinou a CPI porque considera gravíssimos os fatos.

E realmente são. Mas, o instituto CPI perdeu de tal maneira a credibilidade que parece servir somente para criar fatos políticos. Em relação à CPI da Pandemia, que teve seu relatório final divulgado em outubro do ano passado, o que nós lembramos foi de muito bate boca e baixaria nas reuniões. De providência prática, nada.

E é esse rame rame político sem efeitos concretos que torna a população descrente em relação á iniciativa da investigação. Se a CPI da Pandemia quase termina em tapa, imaginem vocês essa outra cpi instalada em pleno ano eleitoral. Servirá certamente para bater forte no presidente Jair Bolsonaro que disputará a reeleição.

Neste momento, a Comissão de Educação do Senado já apura a denúncia de balcão de negócios no MEC. Nem o ex-ministro Milton ribeiro e nem os pastores deram as caras por lá e mantém o assunto em banho maria.

O que fica evidente é que o governo não tem interesse de explicar as denúncias e parte para uma operação abafa. De outro lado, a oposição está mais preocupada em esculhambar o presidente e frustrar seu projeto eleitoral que propriamente de estancar episódios de corrupção. Para isso, temos órgãos de controle que deveriam funcionar de maneira célere, mas normalmente só atuam quando os desmandos já completaram aniversários e os acusados deixaram de ter um assento confortável no poder e perderam a cobiçada tinta da caneta governamental.

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