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Remorso é coisa de veado

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Para Bolsonaro, pouco importa se morrerem 250 mil ou meio milhão. Essa tragédia não o comove e também não vai mudar o comportamento dele. O presidente acha que está certo. Aliás, tem certeza. Com a sensibilidade de um poste, é incapaz de sentir um pingo de remorso.

Um ano se passou, a pandemia piorou no Brasil, e a maior autoridade da República continua exatamente a mesma. Não adianta dizer que as UTIs estão lotadas em 17 capitais. Bolsonaro não se comoveu com a falta de oxigênio. Vai se preocupar com falta de UTI?

Doze meses depois, ele ainda promove aglomerações, não coloca na cara e ainda desincentiva o uso de máscaras, não dá nenhuma importância à vacina, joga contra o isolamento social e não quer pagar o auxílio emergencial. Nada mudou. Comete crimes contra a saúde pública. E segue solto pelas ruas.

Se quiserem salvar vidas, não contem com ele. Não insistam. Salvar vidas nunca foi a praia dele. O desprezo ao tema é evidente desde os tempos de reles deputado. O presidente deve ser afastado do cargo. Ele não serve para esse posto.

A única coisa que o presidente visa é ver a economia funcionando, porque este é o principal tema, o que no final das contas pode revelar o sucesso ou o fracasso de um governo. Bolsonaro tem um ego gigante em vez de um coração. Com a economia destroçada, não tem projeto de reeleição. É isso que ele quer evitar. E que morra quem tiver de morrer.

Se o “sucesso” do governo tiver de sacrificar vidas, elas serão sacrificadas. O presidente não está nem aí pra isso. Todo mundo vai morrer um dia, ele já ressaltou. E também já deixou claro que não é coveiro.

Bolsonaro é amarrado a um conjunto de crenças e convicções pessoais do qual não abre mão. Como um poste fincado no chão. E não adianta ir com esse papo de ciência pra cima dele, não. A bolha ideológica é impenetrável. Se a vacina é chinesa, não presta. Se é norte-americana, opa, é uma maravilha. Com dois pesos e duas medidas, é assim a cabeça do presidente.

O Congresso Nacional, prefeitos e governadores têm de tocar o barco sem esperar pelo governo federal – até porque o ministro da saúde não entende nada de saúde. Não existe outra opção. Bolsonaro está em outra dimensão, alheio à gravidade da situação. E quando abre a boca, atrapalha, fala o que não deve. É uma fonte inesgotável de impropérios.

Eu nunca ouvi Bolsonaro dizer que remorso é coisa de veado, mas criei esse título para o artigo porque não seria surpresa se ele dissesse essa frase ou algo parecido, neste contexto. Afinal, criar frases estúpidas é sua especialidade. E só.

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