O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta ao jornalista William de Lucca, editor do site Brasil 247, na qual agradece à professora e jornalista Joana Belarmino, do curso de graduação e também do mestrado em Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), pelos comentários sobre a conjuntura política do país. “Cega, mas com uma visão política mil vezes melhor que a maioria da classe política brasileira”, disse Lula em texto escrito de próprio punho.
Em contato com o ParlamentoPB, Joana Belarmino disse que ficou muito feliz com a referência feita a ela por Lula, explicou que foi convidada por um grupo de jovens a integrar um grupo de apoiadores do ex-presidente e revelou que vai a Curitiba, onde Lula está preso, ainda este mês. “Foi criado recentemente, mais precisamente no início de fevereiro, um movimento ‘Cegos por Lula livre’. Esse movimento começou com jovens em Santa Catarina, conversando, e eles se perguntaram porque não ir à vigília em Curitiba dar bom dia, boa tarde e boa noite a Lula. Eles começaram a organizar um grupo no WhatsApp e convidar pessoas cegas do Brasil todo. Eu entrei no grupo com muita satisfação, eles me convidaram para ser uma das organizadoras, das administradoras do grupo… essa caravana está crescendo e vamos a Curitiba no dia 30 de março para entregar a ele uma carta nos formatos braile, títulos ampliados, libras, com legenda e áudio-descrição, ou seja, uma carta acessível. Esse movimento é apartidário e espontâneo. Foi uma maneira de questionar porque a sociedade não se incomoda, por que não fica um pouco cega e alucinada pela liberdade de Lula. A carta revela nossa indignação com a situação de Lula, encarcerado injustamente”, disse ela, declarando ainda ao ParlamentoPB que ficou muito feliz com as referências feitas a ela pelo ex-presidente por causa de uma entrevista concedida por Joana ao jornalista William de Lucca, editor do portal Brasil 247 e que pode ser conferida no link acima.
O petista faz, na carta, referências a cegos professores, agricultores e artistas. “Tem um surdo-cego da Bahia que é percussionista do Pelô. Tem atriz, tem aposentados e estudantes”, acrescentou Joana.
