A Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público da Paraíba, através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), estão realizando uma ação conjunta, denominada "Operação Sangria", para combater a venda de combustíveis adulterados. Cerca de 11 pessoas já foram presas. Segundo o procurador de Justiça Francisco Sagres, que coordena os trabalhos, os mandados de prisão estão sendo cumpridos em várias cidades e incluem, ainda, acusados de furtar combustível, que depois passaria por um processo de adulteração para ser revendido ao consumidor final. Segundo ele, uma entrevista coletiva, a ser concedida às 11 horas, na sede da Polícia Rodoviária Federal, vai fazer um balanço das ações da Operação Sangria.
Há informações de que detenções também estão sendo realizadas no estado de Pernambuco, pelo mesmo motivo. Em Santa Rita, uma pessoa foi presa e uma carreta apreendida no momento que recebia combustível que era armazenado em tonéis e depois seria misturado com água.
Sagres informou ao Parlamentopb que o esquema normalmente funcionava da seguinte maneira: os caminhões tanque deixavam a área de abastecimento das distribuidoras, em Cabedelo, e seguiam para um local no município portuário onde parte da carga era vendida pelo motorista a um adulterador. Eles, então, completavam o reservatório do caminhão com água e seguiam para a distribuição do produto aos postos da Grande João Pessoa.
"Donos de postos e consumidores estavam sendo lesados, sem saber que existia essa fraude", disse Francisco Sagres.
As investigações já se prolongavam por cerca de quatro meses e envolvem suspeitas de revenda de combustíveis adulterados para postos de Santa Rita, Alhandra, Pedras de Fogo e João Pessoa.