O governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), declarou-se hoje contrário à exoneração dos servidores temporários da estrutura da administração estadual, conforme recomendação editada pelo Ministério Público Estadual (MPE) na semana passada. O chefe do executivo abordou o assunto antes da assinatura de protocolos de intenções com o Grupo Brennand Cimentos, no final da manhã no Palácio da Redenção.
– Essa questão não é tão simples. Não simplesmente dizer que quem não tiver estabilidade, vai para a rua. Porque aí, você tira o ganha pão, a feira de quem já está aí há 10 ou 15 anos. O Governo não encontrou uma solução legal para definir essa situação. O que resolveria seria uma emenda constitucional concedendo estabilidade a esses servidores, que são necessários aos serviços do Estado e que foram contratados e nunca tiveram essa situação legalizada. Os que estão ameaçando demitir é que têm que encontrar a solução.
Sem crise – O governador pôs panos quentes nas especulações de racha dentro de seu grupo político e disse que sua base está harmoniosa:
– O que há nas oposições da Paraíba é muita harmonia, mas tem muita gente tentando disseminar a dissidência. A esta altura, dissidente pode ser um ou outro que nos traiu na eleição, que deixou de votar conosco no segundo turno e de uma forma oportunista votou no outro candidato, sem levar ninguém porque a base do PMDB e da oposição está firme e coesa.
Empresas – Com incentivos do Governo da Paraíba através do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Industrial da Paraíba – FAIN, o Grupo Brennand Cimentos vai investir R$ 373 milhões e gerar 170 empregos na implantação da Companhia de Cimento da Paraíba – CCP. Outros 46 empregos vão ser criados pela Mineração Nacional S/A, que produzirá calcário. Os investimentos neste empreendimento são da ordem de R$ 27 milhões, totalizando recursos no valor de R$ 400 milhões.