O governador José Maranhão (PMDB), candidato à reeleição, explicou ontem, em entrevista à Rede Paraíba Sat, o motivo pelo qual somente no segundo turno decidiu anunciar a implantação da PEC 300, texto que deve desembarcar hoje na Assembleia Legislativa do Estado. Segundo ele, a intenção era antiga, mas os estudos sobre a aplicação do benefício só teriam ficado prontos na reta final da campanha:
– É verdade que foi agora no segundo turno. Poderia ter sido feito antes. Você não toma uma decisão dessa monta sem refletir muito. Eu tinha mandado, ainda no primeiro turno, fazer um estudo prévio e minha consultoria jurídica e técnica demorou um pouco a entregar. Quando o fez, fizemos imediatamente. O que eu entendo é que não podemos parar o Estado porque há uma eleição de segundo turno. O Estado tem que continuar. O período de mandato, do primeiro ao último dia, é para se trabalhar. Não se pode parar uma obra porque está no começo ou no final do mandato.
O governador ainda emendou uma crítica ao antecessor, Cássio Cunha Lima (PSDB):
– O governo anterior, Cássio Cunha Lima, depois de cassado pelo pleno do TRE da Paraíba, pendurado numa liminar, com sobrevida precária, resolveu fazer 22 planos de cargos e salários. Eu não discuti em hora nenhuma se devia ou não aplicar essa lei. Qualquer candidato com o mínimo de apreço à ordem jurídica e ao Estado de Direito não pode ficar discutindo essas filigranas. A iniciativa, qualquer que seja, uma vez lei é para ser cumprida e o instrumento legal nós estamos mandando à Assembleia. Tenho certeza que a Assembleia vai aprovar, apesar das manifestações tendenciosas que já ouvimos por aí. Já tem deputado anunciando que vai votar contra mesmo sem ter lido o projeto. Eu, como governador, declarei que não iria suprimir qualquer direito do servidor.