Podemos abordar o tema “Família” sob várias perspectivas, escolhemos dialogar com o leitor, nesse artigo, sobre a convivência em família a partir de reflexões de companheiros que estudam a temática sob o ângulo da psicologia e através do olhar da Doutrina Espírita.
Então vamos lá começar nosso diálogo fraterno.
Você dá o devido valor à sua família? Você gosta dos momentos de intimidade em família?
Que bom se as imagens forem boas; que bom se a ideia que surge em sua mente e em seu coração ao pensar na família é uma ideia boa, positiva. Como diz a canção do Grupo Acorde, Laços de Família, bom é você abraçar seus familiares no aconchego amigo, bom é você chegar no lar contente, de um sorriso fazer um abrigo.A família deve ser valorizada, pois ela é o seu primeiro núcleo social e espiritual.
Mas na intimidade em família, nem sempre as relações são harmoniosas. Sob o olhar espírita, a família é um grupo de espíritos ligados por desajustes ou necessidades de aprimoramento, a família é um laboratório de experiências reparadoras.
Então, podemos identificar que um dos maiores desafios é a convivência dos familiares, é a proximidade entre os membros, o compartilhamento do espaço. O conhecimento aprofundado das pessoas que nos são mais próximas nos possibilita um convívio sem máscaras. Essa questão de máscara está diretamente relacionada a Persona, arquétipo do pensamento Junguiano.
Na vida em sociedade as máscaras são úteis e até necessárias. Em nosso estágio evolutivo não podemos demonstrar permanentemente o que sentimos e o que pensamos sem ferir as pessoas à nossa volta. Então encarnamos personagens, na melhor das hipóteses não muito diferentes do que somos em realidade.
Todavia esse comportamento ocorre frequentemente na vida em sociedade, ou seja, lá fora, na rua, no trabalho, entre colegas e vizinhos. No lar, somos mais espontâneos e quando tiramos a roupa ao chegar em casa, tiramos também a máscara. E aí se mostra a face oculta do “pacato cidadão”.
Então propomos algumas questões para refletirmos juntos, bem no estilo Agostiniano:
⦁ Você já parou pra pensar que não se dá a liberdade de fazer certas brincadeiras com colegas e amigos, mas que faz essas brincadeiras com os familiares?
⦁ Você percebe que outra pessoa provavelmente se magoaria ou se aborreceria com essas liberdades?
⦁ Você, que é uma pessoa de boa índole e bons modos, já percebeu que em família você se permite eventuais deslizes?
⦁ Você se dá conta de que em casa você se despe do verniz social que o torna bem aceito pela sociedade e deixa transparecer o que há de sombrio em você?
⦁ No entanto, você ama sua família, não ama? As pessoas que você mais ama são aquelas que fazem parte da sua família?
Leitores amigos boas reflexões e até o próximo artigo quando continuaremos a dialogar sobre esse tão relevante tema. É hora de apertar os laços da Família com amor, ligando todos felizes na mesma união no pulsar de um só coração.
