O vice-prefeito de Sousa, Zenildo Oliveira, estava em Israel junto com a esposa, Yohana Silveira, hoje de manhã quando começaram os ataques do grupo extremista islâmico Hamas. O casal havia chegado a Jerusalém no sábado passado (30/9), tinha visitado vários pontos turísticos religiosos e se preparava para retornar ao Brasil hoje de manhã quando, por volta das 6h foi surpreendido pelo barulho de sirenes que anunciavam a ação militar deflagrada contra o Estado judeu.
Zenildo gravou um vídeo no qual contou como foi surpreendido pelos atos terroristas: “Estavam em uma peregrinação desde o último sábado na Terra Santa e hoje era nossa data de volta para o Brasil e acordamos às 6h com as sirenes de alerta. Tivemos que sair mais rápido, nossos guias nos orientaram o tempo todo. É claro que existia um clima de tensão. Tivemos que sair o mais rápido possível porque existia o temor de que eles impedissem por questão de segurança a nossa saída e assim perderíamos nosso voo. Mas, conseguimos sair. No caminho, encontramos exército, revistas, bloqueios, mas conseguimos chegar ao aeroporto. Foi um momento de aflição, mas estamos bem”.
Zenildo e Yohana deixaram Tel Aviv e pousaram em Roma hoje. A previsão é de que a chegada ao Brasil se dê neste domingo, 8.
O conflito de hoje teve proporções gigantescas. Cerca de mil combatentes romperam o bloqueio israelense contra a Faixa de Gaza, de acordo com o Hamas. A cerca que fica na fronteira entre Israel e o enclave palestino foi violada, e também houve infiltração usando parapentes e barcos. A ação, sem precedentes, foi acompanhada pelo disparo de milhares de foguetes contra Israel.
Foi a maior ação militar contra o Estado judeu desde a invasão por forças árabes na Guerra do Yom Kippur, cujo início completou 50 anos na sexta (6). Assim como naquele episódio, houve falha grave dos serviços de inteligência israelenses.
Até agora, as ações deixaram ao menos 250 mortos e 1.590 feridos, segundo as autoridades israelenses. Em resposta, o governo do premiê Binyamin Netanyahu declarou estado de guerra e iniciou bombardeios contra diversas localidades na Faixa de Gaza, deixando ao menos 232 mortos e 1.600 feridos, segundo as autoridades do enclave palestino.