O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Durval Ferreira (PP) já foi reeleito. Mesmo assim, aliados do vereador começaram uma articulação que se tornou mais intensa esta semana, para suscitar a tese de uma nova eleição antecipada para a chefia do legislativo pessoense. As articulações foram confirmadas por vários vereadores, assim como a rejeição à tese, que é considerada inaceitável tanto pela bancada de situação quanto de oposição.
Ubiratan Pereira (PSB) é um dos contrários à eleição antecipada. Em entrevista ao Parlamentopb, ele disse que a tese é "inaceitável": "Essa tese realmente tem circulado na Câmara. Ela surgiu inicialmente em abril, houve um recuo, e agora se requenta o mesmo tema. Faz sete meses que se fez uma eleição para a Mesa Diretora. Sou contra. Há muitos assuntos mais importantes a serem discutidos neste momento. É uma especulação extemporânea e inaceitável", disse Bira.
Outro que também reagiu às movimentações foi o vereador Fernando Milanez (PMDB): "Lá dentro, se nota uma movimentação neste sentido, mas é muito complicado desta tese passar. É possível se fazer isso em uma câmara de interior, mas em uma cidade como João Pessoa, não há sentido. Se Durval Ferreira quiser disputar reeleição, ele tem direito, mas não de maneira antecipada. Isso contraria o anseio de transparência que existe na sociedade", resumiu.
Milanez acrescentou que não acredita que o atual presidente da Câmara seja o autor das mobilizações pela eleição antecipada: "Não é Durval quem levanta essa tese, certamente. Devem ser pessoas ligadas a ele".
A eleição antecipada, pelos rumores que circulam nos bastidores da Câmara, teria como principal argumentação a intenção de evitar que José Maranhão (PMDB) pudesse eleger o futuro presidente da Casa. Para Milanez, a tese não tem procedência: "O governador Maranhão nunca fez qualquer ingerência na Câmara Municipal. Ele nunca falou sobre isso e nem tem interesse em interferir nos rumos do poder".
Para que a eleição da Mesa Diretora da Câmara fosse aprovada seria necessária a aprovação de dois terços dos vereadores, ou 14 parlamentares.