O vereador de Piancó, Antônio de Pádua Leite (PT), procurou ontem o secretário de Segurança da Paraíba, Gustavo Gominho, para pedir proteção contra as ameaças de morte que denunciou ter recebido de pessoas ligadas à prefeita de seu município, Flávia Serra Galdino (PP).
– A Câmara foi invadida na quinta-feira por cerca de 20 marginais sob o comando do filho da prefeita, Daniel Galdino e do advogado, Remígio Júnior, para me agredir. No domingo passado, eles agrediram dois irmãos meus e agora estão, a todo custo, querendo me agredir. Também tenho recebido diversas ameaças de morte e isso tudo porque eu sou um vereador que fiscalizo as contas da prefeitura. Cumpro meu dever constitucional e tomo as providências jurídicas cabíveis. Estou sendo ameaçado de morte e já foi até anunciado que meu caixão já estava pronto. Recebi mensagens dizendo que meu fim está próximo. Sou da paz. Vim pedir providências às autoridades do Estado e na segunda-feira vou pedir ao Ministro da Justiça. Não quero ser como o vereador de Itambé, que foi morto na Paraíba. Não quero que a Polícia Federal chegue somente depois que eu já tiver morrido.
Antônio deu as declarações ao programa Hora da Notícia, apresentado por Antônio Malvino e João Costa na Arapuan FM.
Ele acrescentou que responsabiliza a prefeita de Piancó por qualquer dano que ocorra à sua integridade física.
– Eu já constatei que existe uma verdadeira quadrilha assaltando diuturnamente os cofres da prefeitura da minha cidade. Já tomei providências junto à Justiça Federal, Polícia Federal e Tribunal de Contas do Estado e da União. O TCE já rejeitou três contas da prefeita, mas ela continua administrando e saqueando a prefeitura. Agora, eles querem a extinção da minha vida.
Antônio declarou que não tem medo de morrer e garantiu que não vai sair de Piancó. Ele disse que espera alguma providência das autoridades policiais, mas deixou claro que também não deixará de revidar, caso seja provocado:
– Se eu morrer, eu não vou sozinho. Eu levo comigo a prefeita de Piancó, o filho e esse advogado. Sozinho, eu não vou. Estou voltando a Piancó para ser defunto ou pistoleiro se as autoridades públicas não resolverem essa questão. Eu não tenho medo de ninguém e muito menos de morrer.