O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), voltou a se queixar do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) durante a entrevista que concedeu ontem à noite ao Padre Albeni, no programa Bastidores, da TV Master. Ele disse que Cássio teria aproveitado o episódio da decretação de sua cassação pelo juiz da 16ª zona eleitoral para "tripudiar" da situação e estabelecer um paralelo entre a sentença que cassou o peemedebista e a outra que determinou a cassação do ex-governador em fevereiro de 2009.
– Mais do que tripudiar, ele tentou colocar em parâmetros iguais, situações que são absolutamente diferentes. O ex-governador foi cassado com trânsito em julgado por compra de votos com dinheiro público e também por abusar da estrutura de um veículo público que é A União. Ele foi a Campina Grande comparar uma situação que é totalmente diferente. O MP moveu uma ação contra mim por uma questão contábil, sem apresentar provas, apenas suposições. Tratou de logicidade, probabilidade. Como se pode fazer isso? Ele não se lembra que eu fui perguntado ao tempo das duas cassações impostas pelo TRE e pelo TSE, mas em nome do que aprendi com meu pai, que é elegância, educação e tratabilidade, eu disse que a decisão competia aos tribunais. Nada mais eu disse. Não saí a fazer tratamentos jocosos e desdenhar quaisquer outros comentários. Foi o inverso do que aconteceu na semana passada quando o ex-governador esteve em Campina Grande para fazer a tripudiação da minha pessoa. São comportamentos que vão da formação de cada um.
Veneziano afirmou que não se sentiu abandonado pelo partido, apesar de o PMDB não ter emitido uma nota de solidariedade por causa da sentença de cassação em primeira instância decretada pelo juiz da 16ª zona eleitoral:
– Não precisava de nota se os líderes, deputados e companheiros do partido, além do governador, me telefonaram e estiveram ao meu lado.