Desde a segunda-feira (21), caminhoneiros pelo Brasil fazem protesto contra o aumento do preço do diesel, combustível dos veículos de carga. Já são seis dias de manifestações nacionais. Na quinta-feira (24), um acordo entre a maioria dos representantes da categoria e o Governo Federal resultou na liberação das estradas. Mas nem todos cederam e, em boa parte dos pontos de bloqueio, houve continuação de interdições parciais.
O governador Ricardo Coutinho, deputados da Paraíba, o senador Cássio Cunha Lima, a ex-presidente Dilma Rousseff e o PT nacional se manifestaram sobre a situação.
Ricardo Coutinho (24 de maio)
Não se pode conviver com um impacto tão violento como esse que a população passou a ter nos últimos anos com a política econômica. Política social regressiva, estouro de preços, fragilização da economia nacional… A saída é pela democracia. “Não vamos desistir do Brasil”(EC).
Benjamin Maranhão
Se for para tomar decisões baseadas em investidores, que se respeite a decisão mais satisfatória para seu principal acionista: o povo brasileiro. (24 de maio)
Estou lutando para que a redução da CIDE seja uma realidade. Mas também luto por outras soluções para este problema, a exemplo da compra direta de Etanol. (23 de maio)
Cássio Cunha Lima (24 de maio)
Meu posicionamento sobre a crise que o país enfrenta atualmente tem três eixos: redução de impostos sobre os combustíveis; revisão da atual política de preços da Petrobras e retomada do RenovaBio.
Tovar Correia Lima (24 de maio)
Para entender melhor a paralisação dos caminhoneiros, veja os números que o Estado arrecada a cada litro do combustível. O Executivo estadual precisa promover uma redução na alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 29% que incide sobre os combustíveis que, atualmente, é o que mais pesa na composição do preço do litro da gasolina.
Anísio Maia (23 de maio)
Desde 2016 a política da Petrobrás tem sido agradar os investidores internacionais e facilitar a venda de ativos. A Petrobrás produz muito, mas processa menos de 70% da sua capacidade de refino, vendendo petróleo cru e importando combustível refinado a custo bem maior, atrelado ao preço do dólar. Além de pesar no bolso do consumidor final, esta política só agrada ao capital estrangeiro.
Não adianta colocar a culpa nos tributos, a solução é recuperar a Petrobrás para o povo brasileiro. Se o Pré-Sal fosse nosso, poderíamos ter a gasolina mais barata do mundo.
Dilma Rousseff retuitou a nota do PT, eis um trecho
O protesto contra a alta dos combustíveis é justo. Foram absurdos 229 reajustes no preço do diesel nos últimos dois anos. Nos 12 anos de governo do PT, foram apenas 16 reajustes.
Michel Temer, em sua conta no Twitter
O governo federal está abrindo mão de boa parte do que lhe cabe na composição do preço dos combustíveis. E, como o ICMS entra nessa composição, estou conversando com os governadores para que eles também colaborem. Para isso, a reunião do CONFAZ hoje é muito importante. (25 de maio)
Não vamos permitir que a população fique sem os gêneros de primeira necessidade. Que consumidores fiquem sem produtos. Não vamos permitir que hospitais fiquem sem os insumos para salvar vidas e nem que crianças sejam prejudicadas pelo fechamento de escolas. (25 de maio)
Quero anunciar que de imediato vamos implantar o plano de segurança para superar os graves efeitos do desabastecimento causado por essa paralisação. Acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos governadores que façam o mesmo. (25 de maio)
Desde o início da semana o Brasil e os brasileiros vêm sofrendo com a paralisação de caminhoneiros. Ainda no domingo, começamos a tomar providências para atender a suas demandas. Ontem chegamos a um acordo com as lideranças nacionais representativas dos caminhoneiros. (25 de maio)
Para resumir: atendemos 12 reivindicações prioritárias dos caminhoneiros, que se comprometeram a encerrar a paralisação imediatamente. Esse foi o compromisso conjunto. Esse deveria ter sido o resultado do diálogo. (25 de maio)
Nós vamos sugerir tirar uma parcela do ICMS, que reduz o tributo. O ministério da @FazendaGovBr conversará com os governadores para tratar do tema. (24 de maio)