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Vazar delação é desespero para “mudar rumo” da eleição, diz ministro

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou neste domingo (7) que o vazamento de informações da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa é uma tentativa de "mudar o rumo" da campanha eleitoral. Na visão do auxiliar da presidente Dilma Rousseff, as denúncias que envolvem políticos da base governista não serão capazes de interferir no "destino da eleição".

 
"Acho que estão tentando usar essa delação premiada [de Paulo Roberto Costa], a notícia parcial de vazamento não confiável, para tentar, um pouco no desespero, mudar o rumo da campanha. Vazamento sempre é condenável, porque pode ter sido por advogado de réu para proteger algum réu e prejudicar outro", disse Carvalho ao final do desfile cívico-militar que celebrou, em Brasília, os 192 anos da proclamação da Independência.
 
Reportagem da edição deste final de semana da revista "Veja" afirma que o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo revelou em depoimentos ao Ministério Público Federal (MPF), na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, que três governadores, seis senadores, um ministro e, pelo menos, 25 deputados federais foram beneficiados com pagamentos de propinas oriundas de contratos com fornecedores da estatal.
 
Segundo a publicação, Costa citou, entre outros políticos, os nomes da governadora Roseana Sarney (Maranhão) e dos ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco); do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI); e dos deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e João Pizzolatti (PP-SC). Os políticos mencionados na reportagem negam envolvimento no esquema de pagamento de propina na Petrobras.
 
A exemplo do que havia afirmado Dilma neste sábado (6), o titular da Secretaria-Geral afirmou que, antes de tomar qualquer providência, o governo precisa obter informações concretas sobre as declarações do ex-dirigente da Petrobras ao Ministério Público Federal.
 
"O governo não pode tomar conhecimento de uma denúncia que, insisto, por enquanto, é sem nenhuma comprovação, sem nenhum fundamento. O fato de uma pessoa ser mencionada sem nenhuma prova não pode nos levar a tomar nenhuma atitude", enfatizou.
 
"Não podemos julgar as pessoas enquanto não houver de fato a comprovação ou, no mínimo, a denúncia inteira, suas circunstâncias, seus aspectos, assim por diante", completou Carvalho.
 
O suposto esquema
Integrante da diretoria da Petrobras entre 2004 e 2012, Costa foi preso pela Polícia Federal (PF) durante as investigações da Operação Lava Jato, que revelou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Devido às acusações, ele está preso no Paraná.
 
O ex-diretor da estatal do petróleo fez um acordo de delação premiada. Os depoimentos de Costa à PF têm ocorrido diariamente, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A PF não revela o conteúdo dos depoimentos.
 
A reportagem de "Veja" não detalha o papel que cada um dos políticos mencionados por Costa teve na suposta fraude. O texto diz que, pelo acordo firmado com o Ministério Público Federal, o ex-dirigente teria se comprometido a detalhar o envolvimento de cada um dos políticos no esquema. A reportagem também afirma que os policiais federais e procuradores da República estimam que levará mais três semanas para o ex-diretor da Petrobras esgotar o que tem a dizer.
 
Outra informação relatada pela revista é de que Paulo Roberto Costa teria admitido pela primeira vez, durante os depoimentos da delação premiada, que as empreiteiras contratadas pela Petrobras tinham, obrigatoriamente, de contribuir para um caixa paralelo que era distribuído a partidos e políticos da base governista. O ex-diretor teria dito, informou "Veja", que cada partido tinha seu encarregado de fazer a intermediação com o esquema de corrupção.
 
Fonte: G1

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