O secretário de Transparência de João Pessoa, Alexandre Urquiza (PSB), partiu para o ataque ao defender o prefeito Luciano Agra (PSB) de denúncias de irregularidades. Ele se referiu ao senador Cícero Lucena (PSDB) como responsável pela onda de notícias negativas para a atual administração e considerou o fenômeno como "denuncismo".
Especificamente, Urquiza citou os casos da empresa de propriedade de um gari e que venceu uma licitação na Emlur e também fez menção à queixa do empresário Daniel Cosme, da New Life, que disse não ter recebido o pagamento por livros vendidos à Prefeitura de João Pessoa:
– Isso não é denúncia. É denuncismo. No caso da Emlur, a situação foi constatada e o prefeito encerrou o contrato. O caso dos livros é ainda mais absurdo. Foi uma retaliação a uma matéria que saiu mostrando a ladroagem que existia nas gestões anteriores, do senador Cícero Lucena, que é o senador campeão de processos por mal uso dos recursos públicos. Existe uma preocupação muito grande dos senadores porque ele dirige um orçamento de R$ 3 bilhões. Ele fez o que fez aqui, imagine o que não fará em Brasília!
Urquiza contestou os pontos da denúncia de Daniel Cosme e disse que o pagamento dos R$ 2,3 milhões não foi feito em cheque nominal a seu sócio, Pietro Harley, como foi dito:
– O pagamento foi feito em quatro parcelas: duas em nome do empresário e duas em ordem bancária para a conta da empresa. Quem sacou, tinha autorização para isso. Recebemos os livros e fizemos o pagamento. Não existe conta da Prefeitura de João Pessoa em Santa Luzia. O que eles disseram ser o número da agência, é o da operação bancária.
Urquiza admitiu que conhece Pietro Harley, mas disse que não é amigo dele, apesar de ter recebido R$ 6 mil como doação de campanha a deputado estadual:
– Minha conta foi aprovada por unanimidade. Não existe nada contra mim e nem contra a Prefeitura.