O secretário de Finanças, Marcos Ubiratan, participou ontem à tarde de uma audiência pública no plenário da Assembléia Legislativa. Durante a sessão ele fez o detalhamento de onde serão aplicados os recursos do empréstimo de R$ 191 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), concedido pelo governo Federal para os Estados como forma de amenizar a crise financeira.
Por cerca de uma hora, o secretário explicou para os deputados como o dinheiro do empréstimo será aplicado em todo o Estado. Ele disse que as perdas somente com o Fundo de Participação dos Estados (FPE) já somam R$ 230 milhões e acrescentou que o Governo decidiu priorizar os investimentos em contrapartidas de convênios com o governo federal, para evitar que obras atualmente em curso sejam paralisadas.
Além disso, o secretário enumerou os valores, as cidades beneficiadas com os recursos, o tipo de serviço que será realizado e as áreas onde serão feitos os investimentos: segurança, saúde, educação, habitação, infraestrutura, saneamento básico e abastecimento d’água.
Também foi informado, de forma detalhada, como será pago o empréstimo, que terá carência de dois anos e será pago em oito anos, atingido cerca de 8% da receita. Ubiratan ainda disponibilizou o site da secretaria para que os deputados possam acompanhar o andamento de aplicação de recursos, receitas e as despesas do atual governo.
O deputado Rodrigo Soares reclamou na demora da aprovação do empréstimo e propôs a votação do empréstimo para a próxima sessão. “Esse financiamento permite ajudar o Estado a melhorar a sua qualidade de vida”, acrescentou.
Marcos Ubiratan disse que o Estado não pode deixar de aprovar esse dinheiro, sendo irresponsabilidade não utilizar os R$ 191 milhões concedidos pelo BNDES. “Desde o governo de João Agripino que a Paraíba só realiza grandes obras com recursos de operação de crédito”, informou, e concluiu informando que todas as dúvidas dos deputados foram respondidas e esclarecidas, acreditando que agora o empréstimo será feito.
Acompanhando Marcos Ubiratan, estavam os secretários de Planejamento, Ademir Melo, da Controladoria Geral, Ruy Bezerra e o secretário executivo de Infraestrutura, Francisco Firmino.