O capitão Ivan Blaz, relações-públicas do Bope, confirmou que há famílias feitas reféns por traficantes no interior do Complexo do Alemão. Segundo ele, policiais estão vasculhando todas as ruas e buscando prender criminosos.
"Como não houve confronto, os marginais covardemente não cumpriram o que falaram durante a semana", afirmou.
Ele ainda disse ser possível que parte dos traficantes tenha usado a rede de esgotos para se esconder e tentar fugir.
A operação policial iniciada nesta manhã conta com a participação de cerca de 2.000 homens das polícias militar, civil e federal, além de soldados do Exército e da Marinha. Também atuam no Complexo do Alemão mais de 15 blindados da Marinha e 12 da PM.
"A ordem é vasculhar casa por casa, beco por beco, buraco por buraco", disse o comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte.
No final desta manhã a Polícia Militar prendeu Leandro Sedano, 20, no alto do Complexo do Alemão, conjunto de favelas localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Ele tem três tatuagens com o nome do traficante Fernandinho Beira-Mar, um dos líderes do Comando Vermelho e hoje preso na penitenciária federal de Campo Grande (MS).
As tatuagens são na mão, no antebraço e no braço esquerdos. Segundo a polícia, ele estava ao lado de motos roubadas.
O nome de Fernandinho Beira-Mar está sempre grafado de forma incorreta: "Bera Mar". O rapaz também tem tatuagem de uma folha de maconha na mão direita e uma outra com a frase "eu cheiro" nas costas.
Também foi preso um homem conhecido como Cris, que, segundo a polícia, seria gerente do "pó de dez" (cocaína vendida a R$ 10) na região.
A Cruz Vermelha do Brasil mobilizou 50 voluntários socorristas para auxiliar no atendimento a eventuais feridos durante a ocupação.
Folha Online