Em pedido enviado ao STF no início do mês, o político também havia solicitado que a cassação fosse anulada e que seu mandato como senador fosse reestabelecido, mas Toffoli negou esse pedido.
A solicitação foi baseada em uma decisão da Segunda Turma do STF, de 2016, de anular as escutas e provas decorrentes delas que compunham uma ação penal aberta contra o ex-senador no Tribunal de Justiça de Goiás.
Tanto essa ação penal como o processo e cassação no Senado foram baseados nas ligação entre Demóstenes e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Segundo o Ministéro Público, o então senador teria recebido R$ 1 milhão do contraventor. Em troca, teria usado o cargo para favorecer os negócios de Cachoeira.
Como Demóstenes é procurador, ele precisa se licenciar do cargo até a próxima semana se quiser ser candidato. Na manifestação enviada ao STF, o político ressaltou que pretende disputar novamente o cargo de senador.
“A iminência do encerramento do prazo para que Demóstenes Torres adote providências que constituem critério legal a sua participação nas Eleições de 2018 justifica o provimento liminar para, em sede cautelar, afastar o efeito da Resolução nº 20/2012 do Senado Federal relativamente ao critério de inelegibilidade”, escreveu Toffoli.
O Globo