Cláudia Carvalho
Uma tese tem sido cogitada nos bastidores do grupo político do governador Ricardo Coutinho (PSB) como solução para que ele possa disputar o Senado Federal. A conjectura ainda não tomou corpo mas foi confidenciada ao ParlamentoPB por uma fonte que pediu reservas. Segundo ela, há chances de o governador renunciar e a vice, Lígia Feliciano, repetir o mesmo gesto, afastando-se do governo, cargo que lhe caberia naturalmente. O motivo para a concordância da esposa de Damião Feliciano seria uma oferta generosa: a vaga de primeira suplente de Ricardo.
Como a cadeira mais cobiçada do Palácio da Redenção ficaria vaga, restaria à Assembleia escolher o governador chamado “tampão”. Aí reside outra novidade de consistência surpreendente: o nome do ex-presidente da Casa Legislativa, Adriano Galdino (PSB) é que emergiu com força em meio às conversas iniciais. Levou-se em conta a firme disposição do atual presidente, Gervásio Maia (PSB) de disputar com favoritismo o mandato de federal e o fato de Adriano ter conseguido, à sua época, a proeza de unir “gregos e troianos” em torno de uma chapa “ecumênica” capaz de destronar o então imbatível Ricardo Marcelo (MDB).
“Tudo não passa de conjecturas. Tratativas iniciais. Não tem nada de concreto ainda”, disse a fonte.
Segundo ela, a vice-governadora tem a estima do governador e da cúpula do governo por sua postura equilibrada. O mesmo não se poderia dizer de pessoas próximas a ela, que teriam desagradado frontalmente o núcleo governista com a maneira pela qual têm conduzido esse período de definições.