Célia Chaves

Psicóloga clínica, psicanalista em formação, jornalista, palestrante e terapeuta de casal. Atendimentos presenciais, on-line e domiciliar
Celia Chaves

Ter amigos é fonte de saúde mental e amor sustentável

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O estabelecimento de amizades sinceras e acolhedoras pode ser uma das melhores formas de namorar a vida. Na ausência – ou presença – de uma paixão ou grande amor; daquele emprego dos sonhos; de um familiar querido; e em qualquer situação, busquemos sempre a chance de contar com um amigo. Alguém que se faça presente, longe ou perto, com lágrimas, sorrisos, silêncios e palavras, comuns às várias manifestações de sentimentos e emoções que rondam as relações humanas .

​Sem amizade verdadeira, quase nada valerá a pena, em meio a dias de vazio desumano e adoecedor. Portanto, seja em que tempo for, cultivar relações dessa natureza será bálsamo à alma, sem pagar nada, tampouco depender de algo a mais, senão o desejo mútuo de ter um amigo.

​São caminhos bilaterais, onde devem predominar respeito às diferenças, solidariedade, amor e acolhimento. Assim, o indivíduo consegue despir-se de parâmetros superficiais, frequentemente utilizados para avaliar o outro. Geralmente, por meio de julgamentos impiedosos e desnecessários.

​Amigo não julga, simplesmente acolhe. Sabe ser econômico nas críticas e generoso nos elogios, até porque os críticos de plantão costumam tropeçar demais nas relações afetivas, envenenando laços de amizades. Transformam-se em contumazes apontadores de falhas, à medida em que lapidam a capacidade de ser algoz da própria saúde mental.

​Nesses casos, constata-se imenso poder de atrair distanciamentos, muitas vezes impulsionados pela negatividade do egocentrismo. Tudo que o ser humano não precisa, principalmente em tempos sombrios, onde as perspectivas de aprofundamento dos relacionamentos, podem ser impactadas por uma série de fatores, até mesmo de ordem política. Sim, as pessoas estão rompendo relações por razões banais, como o simples fato de votarem em candidaturas opostas. Comportamentos, no mínimo, estranhos.

Na amizade, a pessoa consegue ser igual e diferente do outro, ao mesmo tempo. Dá até para sorrir de alguns possíveis erros do amigo, identificando charme em novos e antigos defeitos. E, se não são tão grandiosos, melhor ainda. Vistos de maneira leve, podem ser frestas para oportunidades, além de motivar inesquecíveis gargalhadas.

A amizade é também uma manifestação de amor sustentável, com poder de melhorar o sistema imunológico e conduzir o ser humano a céus emocionais. Como seria encantador se todos descobrissem seu real valor e benefícios, a ponto de tratar com deferência, inclusive, as relações que um dia cessaram, honrando assim as várias experiências nesse campo afetivo .

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