Paulo de Pádua
Em ano eleitoral, o vereador Tavinho Santos, presidente municipal do PTB, sempre aparece com um fato polêmico. No pleito passado, ele chegou a denunciar na imprensa que existia um esquema de compra de votos na cidade e o envolvimento de cabos eleitorais. Agora, ele expôs, com exclusividade ao Parlamentopb, a tese de que as bancas jurídicas vêm sendo as protagonistas do processo sucessório no lugar dos candidatos.
Tavinho prevê que o pleito em si e muitos postulantes poderão ser prejudicados por conta de inúmeras representações judiciais que, segundo ele, deverão ser ingressadas na Justiça Eleitoral para tentar “barrar” registros de candidaturas que supostamente não virem atender a Lei da Ficha Limpa, aprovada pelo Congresso.
O parlamentar lembrou que a Constituição e a própria legislação eleitoral, que a cada eleição sofre alterações, dão brechas para que advogados possam utilizar de vários artifícios jurídicos para tentar emperrar, procrastinar, por exemplo, pedidos de candidaturas e ações de denúncias de eventuais crimes eleitorais que tenham sido praticados por candidatos, eleitos ou não eleitos.
Para Tavinho, isso tem causado uma verdadeira confusão na “cabeça” da sociedade e gerado também muita incerteza e descrédito junto ao eleitorado. “O eleitor vota em determinado candidato, acredita nele, mas depois toma conhecimento de que ele está sendo acusado de cometer crime eleitoral e até responde processo na Justiça. Isso aumenta ainda mais o descrédito junto à classe política. Pode manchar o pleito e as candidaturas”, acrescentou.