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Software criado em Campina Grande é usado contra criminalidade no mundo

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Um software criado em Campina Grande está ajudando a combater a criminalidade no mundo. A plataforma Light Base já é utilizada pelas polícias de pelo menos 10 países, como as dos Estados Unidos, da China, da Austrália, da Espanha, da Itália, de Portugal, da Inglaterra e de Angola, além de em vários estados brasileiros.

Segundo Alexandre Moura, diretor da Light Infocon, empresa campinense com 27 anos de experiência no mercado de desenvolvimento de tecnologia, o software lida com gerência de informações, ou seja, funciona como um completo banco de dados para ser utilizado pelas equipes que trabalham nos setores de inteligência policial. “Sons, textos e imagens podem ser inseridos no programa, de forma que, na hora da investigação, todo o conjunto de dados pode ser cruzado e gerar relatórios com subsídios que levem os agentes policiais a solucionar vários tipos de crimes”, explica Alexandre.

O levantamento de informações é o principal ponto do processo de investigação criminal. Serve como ponto de partida para estabelecer hipóteses acerca de um criminoso, com base em todos os dados que são coletados sobre a cena do crime, informações de vitimologia e os conhecimentos que se tem dos agentes de crimes semelhantes. Nesse sentido, no software desenvolvido pela plataforma Light Base, tudo o que se colhe de dados sobre um crime, seja ele de qual espécie for, é inserido no sistema e o cruzamento das informações permite que a polícia possa avançar na investigação do caso.

Conforme destaca Alexandre Moura, com esse sistema, as polícias do mundo todo têm como trocar informações com brevidade e eficiência. É o software campinense, inclusive, que auxilia a Organização Internacional de Polícia Criminal, conhecida como Interpol, nos mais complexos casos investigados internacionalmente, em 180 países. Entre as centenas de crimes resolvidos pela organização criminal, recentemente, o sistema da Light Base ajudou na solução de um caso de tráfico de entorpecentes e foi citado pela revista norte-americana Newsweek como um dos diferenciais para o êxito da operação.

Cibercrimes – Além disso, a tecnologia campinense de segurança ajuda a combater os chamados “crimes da modernidade”, os cibercrimes. Na maior parte dos casos, os crackers (pessoas que cometem crimes pela internet) utilizam um programa espião para invadir os computadores e contas bancárias das vítimas e captar informações e documentos ou fazem a clonagem de cartões. Só que os cibercrimes deixam rastros, que são identificados, justamente, pelo software desenvolvido pela Light Base.

O software faz o gerenciamento de dados e informações, que permitem aos órgãos de segurança pública do Brasil e do exterior rastrear e identificar a ação de criminosos na rede mundial de computadores, a internet. Utilizando o software, com um nome ou um número, é possível obter várias informações correlacionadas, que ficam armazenadas em bancos de dados multidimensionais.

Os danos causados pelos cibercriminosos são estimados em US$ 100 bilhões por ano, conforme dados da Organização de Segurança e Cooperação da Europa (OSCE). Diante desse dado, se percebe o quanto a tecnologia de segurança desenvolvida em Campina Grande é importante e se faz necessária para reduzir tal criminalidade.

A cidade também desenvolve, na área de tecnologia de segurança, as pulseiras para controle de presos em regime semiaberto. Elas permitem que a polícia tenha conhecimento do ir e vir dos apenados, sabendo seus passos e podendo até limitar os seus espaços, como, por exemplo, não permitir que eles entrem em um bar ou saiam da comarca a qual pertencem, restringindo as possibilidades do apenado em gozo da semiliberdade voltar a cometer um crime. Por enquanto, esse produto desenvolvido em Campina Grande é utilizado apenas no Brasil.

Ainda no aspecto da segurança, as empresas tecnológicas da cidade trabalham com o desenvolvimento de sistemas de monitoramento de ruas, metrôs e trens e fornecem programas para diversos estados da Federação. Trata-se não só de instalar câmeras de segurança e coletar imagens de um determinado local ou espaço, mas, uma vez de posse das imagens, aplicar uma logística de armazenamento que permita o acesso às gravações para evitar a ocorrência de um crime ou, quando houver, para que ele seja desvendado com exatidão.

“Campina Grande transcende o fato de ser um polo tecnológico. Ela é um polo tecnológico educacional.” A afirmação do empresário Alexandre Moura tenta explicar as razões de a cidade se destacar internacionalmente em desenvolvimento de tecnologia. Segundo Alexandre, nenhuma outra cidade do país possui uma concentração tão grande de universidades e instituições com atuação na área tecnológica, o que dá um suporte extraordinário para o crescimento da cidade no setor.

Correio Braziliense

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