Cospe-pedra. Come-pedra. Pedra-vira. Vira-mar.
Anuncia Yasmin.
Santa Luzia – Vale do Sabugi. Paraíba. Aruanda. Natureza rasgada, conspurcada.
O desenvolvimento, agora na sua face de “energia limpa”, é mais um estupro da Mãe Terra.
“O que está acontecendo na caatinga é uma neocolonização”, são as últimas palavras de Yasmin Formiga em seu manifesto, uma das obras expostas em “Anunciação”, na Galeria Archidy Picado, em João Pessoa.
Anuncia Yasmin. Anuncia o apocalipse do homem branco monoteísta capitalista, como também anunciou Nego Bispo.
Corpo-pedra. Pedra canta. Quilombo-circularidade.
Anunciação nos conta histórias. E como diz Krenak, vamos seguir contando histórias para adiar o fim do mundo.
Convite. Arte. Entra. Venha.
Outro mundo cosmovisão.
E assim nos transmutamos em pedra. Corpo-pedra, pedra fogo de Xangô.
Coração. Sublimação.
Viramos pedra ancestral.
Dançamos nas espirais do tempo e sorrimos.